domingo, 29 de novembro de 2009

30-09-09 - Isis, Seth, Bastet, Sekhmet, Anúbis

(04:29:55) Anúbis fala para Sekhmet.: *E então, ambos sobre os tronos - porque os Anubites que seguravam o trono de Sekhmet não se moveriam, mesmo sob chibatas, antes de Anúbis estar sobre o dele - eles entram no portal que os levaria para o infinito deserto de areias negras que era o submundo. E por lá seriam levados, por quase duas horas, até chegarem a piramide. Anúbis não diria nada para Sekhmet, apenas lhe olhando vez ou outra, atento, silencioso, vez ou outra durante o percurso. Na piramide, seguiria para o quarto - que já tinha uma nova porta, esperando que ela o seguisse. Precisava conversar com Sekhmet. Definitivamente, definitivamente, ele precisava conversar com aquela insana criatura. Estaria prestes a negociar com bestas. Mas era o único jeito. *

(04:35:11) Sekhmet. fala para Todos: *Ela estava satisfeita da zona que tinha armado, sentou-se no trono feito uma retardada, colocando os pés no encosto e a cabeça para baixo, "brincava" com a cauda, remexendo-a de um lado para o outro, as pernas estava expostas por causa do como como se "sentava" e ainda ria às vezes de puro deleite por se lembrar do ocorrido. Dentro da piramide, seguiu atrás de Anúbis, não sem derrubar uma coisa aqui ou ali ou pentelhar além no caminho. Tinha arrancando uma das "coroas" de um dos Anubites e tentava agora encaixar na própria cabeça, claro que não conseguia, jogo-a fora, sem se importar o que tinha atingido com aquilo.* ... *Adentrou o quarto sem cerimonias, agarrando um dos cálices com vinho e o bebendo intensamente até o ultimo gole, jogou-o no chão também, voltando a andar pelo lugar. Em seguida jogou-se na cama, esparramada, com a cara contra o lençol. Não se pronunciou, sabia que Anúbis o faria, uma hora ou outra.*

(04:42:19) Anúbis fala para Sekhmet.: *Ele parecia não se importar. Parecia não se importar com a maneira dela no trono, com o que ela pegou dos Anubite, com as coisas que derrubou, com a maneira como havia bebido o vinho... Ele definitivamente não parecia se importar realmente. Como se já esperasse aquilo. No quarto, retirou a cabeça de chacal, a depositando sobre a mesa, e comeu uma ou duas uvas, enquanto retirava o robe negro, dourado e verde, e o guardava no armario. A observou, deitada na cama, por alguns segundos. Negociar com bestas. Aquilo seria, no minimo, complexo. Esperou mais um tempo antes de começar, quase um minuto. * - Você quer ir para a terra, e dilacerar Seth. *E deixou aquilo no ar. Sabia que conseguiria captar a atenção da leoa com o que diria a seguir.* - Posso lhe dar isso, Sekhmet. *E parou. Ela não era Bastet. Não merecia palavras a mais, não merecia expressões a mais. Ela, simplesmente, não era Bastet. Não seria tratada como Bastet. Anúbis não sorria - mantinha a mesma expressão que sempre usava quando estava em frente
(04:42:28) Anúbis fala para Sekhmet.: frente aos outros. Seus cabelos, mesmo apesar da noite anterior com a Deusa-Gato, estavam perfeitamente arrumados.*

(04:50:22) Sekhmet. fala para Anúbis: *Ela era uma besta, uma besta de destruição constante nada fácil de parar e Anúbis sabia, que no segundo em que Sekhmet começasse, ela só ia parar quando tivesse terminado. Com as primeiras palavras, a Deusa não se moveu, continuou estatelada na cama, talvez fingindo um sono que não existia, mas logo ele lhe puxou a atenção, a fêmea se moveu, erguendo a cabeça e deitando-se de lado na cama. Apoiou a cabeça com a mão, mantendo o cotovelo sobre a cama.* - Ah pode? *Passou a língua pelos lábios, observando o Deus chacal sem sua máscara, não retirou a sua, ninguém, jamais tinha visto a Deusa Leoa sem sua máscara, Anúbis não seria o primeiro. Uma coisa era verdade, era o caos, mas estava longe de ser estúpida.* - Em troca de..? *E sorriu, passando as garras pelo ventre devagar.*

(04:57:39) Anúbis fala para Sekhmet.: *Aquilo lhe incomodava. As garras dela se roçando no ventre onde sua prole, seu filho, era gerado. Aquilo realmente lhe incomodava. Mas não demonstrou. Não lhe daria armas. Não mais armas do que já havia lhe dado. * - Me deixar falar com Bastet. *Ele sabia que ela ia rir. Ele sabia que ela ia rir, que ela ia rir como maldita hiena, e dizer que era impossivel, dizer que não havia maneira de fazê-lo. Mas ele sabia que havia. Havia pensado muito, durante o caminho de volta para o Submundo. Pensado muito, e havia chegado a conclusão de que, se Bastet e Sekmeth dividiam o mesmo corpo, a mesma alma - e disso ele tinha certeza, se Bastet era capaz de enviar recados a Sekmeth... Sekmeth poderia deixar-lhe falar com Bastet. Talvez ela não soubesse como, mas havia um motivo. Havia um meio. Uma maneira de se fazer. E Sekmeth iria descobrir... Porque ela não tinha como lhe obrigar a leva-la. Ela não tinha como pegar o corpo dos filhos de Seline. Ela estava presa. E ele... O homem ali, parado em frente a ela, que pegava
(04:57:51) Anúbis fala para Sekhmet.: agora da cesta de frutas uma suculenta pêra, era a chave.*

(05:03:36) Sekhmet. fala para Anúbis: *Ela ficou em silêncio primeiro, ficou em silêncio antes de deixar escapar sua típica risada de hiena. Revirou os olhos, gesticulando com uma das mãos.* - Fale, oras. Ela está escutando. *Deixou o corpo cair de novo na cama, virando-se agora de barriga para cima, levou as mãos-patas à nuca, apoiando a cabeça. Ela não ia deixar Bastet vir à tona por completo, não agora que estava no controle, não agora que estava finalmente livre, não ia deixar Bastet retornar em um todo, apesar de saber que a Deusa-gata estava presente em si, estava ali, junto dela, compartilhando das coisas. Mas não ia ceder, não assim tão facilmente.*

(05:08:08) Anúbis fala para Sekhmet.: *Ele mordeu a pêra devagar, e mastigou também devagar, observando as risadas, e ouvindo atento cada palavra dela enquanto mastigava, até, por fim, engolir o fruto. Não havia tirado os olhos dela nem por um segundo. * - Bastet fechou as passagens. *Ele disse óbvio, apenas para lembrar a criatura cruel que estava a sua frente do fato, e dos outros que diria. Afinal, realmente precisava lembrar ela daquilo, aparentemente. * - Eu sou o único que ainda pode passar. *Disse isso como se fosse um complemento da sentença, um "fato numero dois", de uma lista que, pela maneira como ele falava, parecia absurdamente longa. * - E só vou lhe ensinar, se me deixar falar com Bastet... A sós. *E aquilo estava claro. "A sós" queria dizer "Sem você". * - Tem minha palavra que poderá voltar em seguida.

(05:13:45) Sekhmet. fala para Anúbis: *Ela rosnou, como um animal acuado após as palavras de Anúbis, rosnou virando os olhos para ele. Chegou até mesmo a exibir os dentes, então se pôs, literalmente, de quatro sobre a cama.* - Você sabe... Você sabê... *Ergueu uma das mãos, apontando para o Deus.* - Sabe porque estou aqui, sabe que Rá me mandou aqui e sabe que se... Que se não me deixar voltar... Que se você e tua felina aprontarem alguma coisa... Sabe o que vai acontecer, não sabe? Tenho uma tarefa, Anúbis... Não se ponha entre ela. *Lambeu os lábios e se sentou na cama, levou as mãos a cabeça, que estava mais do que fixa no corpo, olhou-o de novo, com um sorriso arreganhado. E então puxou, com força.* ... *Primeiro um vento frio e um leve tremor, uma luz vermelha brotou das "brechas" que ficavam enquanto ela puxava a cabeça de leão, até simplesmente conseguir tirá-la. A cabeça voltou ao formato de uma cabeça de gato, as mãos de Bastet soltaram-na de imediato, porque elas se agarraram aos lençóis apertando-os, os olhos bem abertos. Então abriu
(05:14:08) Sekhmet. fala para Anúbis: a boca, deixando o ar sair como se estivesse se afogando, até por fim, curvar-se para frente, os cabelos espalhando-se pelo rosto e o ocultando. Respirou fundo - não que precisasse respirar - mas mesmo assim o fez, e então ergueu o rosto, meio confusa.* - Anupu...?

(05:22:46) Anúbis fala para Sekhmet.: *Ele apenas mordeu a pêra de novo, mastigando e engolindo, como se relevando todas as ameaças e posturas e dizeres de Sekmeth. E ele pretendia deixar ela voltar. E como pretendia. Chegava até mesmo.. Até mesmo a querer, a querer que aquela criatura infernal voltasse. Porque, quando a guerra explodisse, ele preferia Sekmeth no meio, Sekmeth, a guerra, a doença, a furiosa e a assassina, do que sua doce Bastet. Sekmeth saberia sobreviver a qualquer guerra. Bastet também sobreviveria - era uma Deusa, afinal - mas para Anúbis, saber que, durante qualquer ferimento sofrido, quem estaria sentindo as dores era Sekmeth, e não Bastet. Esperou até que a Deusa caisse na cama, a cabeça de gato rolando pelo colchão e acabando por cair no chão. Nesse instante, a pêra já estava na mesa, e ele se aproximou, a tomando em seus braços e a puxando para si quando ela se curvou, cedenta por ar, tão confusa. * - Estou aqui, Ubasti. *Deixou a cabeça dela em seu peito, e lhe beijou a cabeça, por cima dos cabelos.* - Convenci Sekhmet
(05:22:53) Anúbis fala para Sekhmet.: a nos deixar a sós por um momento.

(05:28:17) Sekhmet. fala para Anúbis: *Os braços procuraram envolvê-lo rapidamente, para constatar que era ele, que ele estava ali, ao lado dela e não da fera pestilenta que era Sekhmet. Apertou-o em silêncio, captando seu cheiro enquanto o fazia.* - Anupu... *Esfregou o rosto contra o peito do Deus, ele era real, era definitivamente, real.* - Rá desejou Sekhmet e ela ficará até executar a tarefa ditada por Rá a Hórus. *E logico que ele sabia daquilo, logico que conhecia aquilo. Apertou-o de novo, dessa vez erguendo um pouco do rosto para olhá-lo.* - Ela sabe, Anupu, ela sabe... Pode não parecer... Mas ela está disposta a tomar cuidado... *E falava, logicamente do filho em seu ventre, do filho de Anúbis.* - O que ela tem de fazer, Anupu? Ela não me deixou ouvir, apenas vi sua fúria insana contra Néftis... Mas ela não me deixou ouvir a tarefa.

(05:35:26) Anúbis fala para Sekhmet.: *Uma das mãos estava apenas envolvendo o corpo dela, a mantendo junto de si, e a outra lhe afagava os cabelos, vez ou outra o rosto, a mantendo perto de si. De alguma maneira, ele não estranhava aquilo. Não achava estranho que o mesmo corpo de sua amante, o corpo da Deusa-Gato Bastet, fosse o corpo de Sekhmet, a criatura feroz e destruidora que ele conhecia a tempos, e que, de certa forma, repudiava pela falta de controle sobre si mesma. Ouviu tudo que ela falou, e sabia, sabia tudo. Menos a parte sobre o filho. Sekmeth sabia sobre ele? Sekmeth... estava disposta a tomar cuidado com o filho em seu ventre? Aquilo lhe era, realmente, algo inesperado. Mas não o disse. * - Tem de... Matar Seth. Não está contra nós ou nossos planos. *Apoiou o queixo sobre a cabeça de Ubasti, a aproveitando, enquanto estava ali. * - E ela não terá de cuidar de nossa prole. Existe um jeito. Um jeito para impedir o risco, sem perde-la. Eu só preciso descobrir.

(05:48:20) Sekhmet ~ fala para Anúbis: *De seu jeito, daquele contido e estranho jeito ela também tentava aproveitar que estava ali, diante dele como ela e tão somente ela. Ouviu atenta e silenciosa as palavras de Anúbis. Mas exasperou-se ao final delas.* - Seth? Hórus perdeu o juízo? Jogar Sekhmet contra Seth? *Bastet olhou nos olhos escuros de Anúbis, quem melhor do que ela para conhecer Sekhmet? Bastet suspirou balançando a cabeça em sinal de negativo. Voltando ao silêncio pensativo, enquanto ponderava uma saída, algum jeito para desfazer tudo aquilo... Tinha de haver um.* - Mas... Sekhmet está presa aqui... Como todos os outros e diferente de mim não pode se apossar dos filhos de Seline. *Disse aquilo mais como quem pensava alto, antes de balançar a cabeça em sinal de negativo de novo. Levantou uma das mãos, acariciando o rosto de Anúbis.* - Do que está falando, Anupu? O que planeja?

(07:32:55) Anúbis fala para Bastet.: - Estive pensando, Ubasti. *Ele falava baixo, mais baixo do que sua tão lenta e misteriosa voz já era. Falava sussurrando para ela, para o ouvido da Deusa, praticamente. Como se não quisesse, mais do que qualquer outra vez, deixar outra pessoa ouvir. * - Talvez eu possa separa-las. *E se silenciou, porque, naquele momento, não havia mais nada a ser dito. Tudo que ele podia falar, tudo que ele podia explicar, estava explicito nas palavras, na voz, e, principalmente, nos profundos poços de negritude que eram seus olhos. A única maneira que ele via para proteger Bastet, para proteger o bebê, para proteger a si mesmo até, era separar as duas. Talvez, com algum esforço, e com a permissão de Sekhmet... Ele conseguisse...Partir aquilo. Jogar Sekhmet em outro corpo, em outra alma. Dar-lhe uma vida para apenas si. Provavlemente, os Deuses entrariam em fúria - como controlar a besta da destruição, Sekhmet, se ela tivesse um corpo próprio? Mas aquilo... Aquilo não era problema de Anúbis. Era raro, para um homem neutro
(07:33:05) Anúbis fala para Bastet.: como ele, definir prioridades. Porém, ele tinha duas. E sobre essas, faria o que fosse necessário.*

(07:44:51) Bastet ~ fala para Anúbis: *E ela ficou em silêncio aguardando a voz do Deus dizer-lhe o que pretendia. E ficou em silêncio depois do que ele havia dito, silêncio pesado e estendido, ainda aninhada ao Deus, ainda olhando seus olhos com seu olhar felino. Só então, ajeitou-se na cama, sentando-se ao lado de Anúbis, precisou de tempo para processar a idéia, para conseguir argumentos para debater aquilo e quando por fim os tinha, ela começou.* - Dar liberdade total a Sekhmet não é a solução, Anupu. *Levou as mãos aos cabelos escuros e escorridos, jogando-os para trás das costas e se virou para Anúbis de novo.* - Ela seria vezes mais nociva e perigosa é a Lei de Maet. A balança tem de estar equilibrada. *Suspirou, segurando uma das mãos de Anúbis e pressionando-a contra o ventre.* - Sozinha, ela poderia até mesmo descartar as ordens de Rá, unir-se a Seth... Imagina o que isso pode causar, Anupu? *Levantou a outra mão, acariciando-lhe a face.* - Comigo aqui, junto a ela, Sekhmet não pode ir além das ordens de Rá, porque sabe que no segundo
(07:45:04) Bastet ~ fala para Anúbis: em que afrontá-las, perderá o livre arbítrio... Agora... Com um corpo apenas para ela... Não sei... Anupu. *Então algo lhe veio à mente, ela virou-se para ele mais uma vez, os olhos levemente arregalados, mas não de pavor, de algum tipo de... Excitação.* - Anupu.... Sekhmet tem exércitos... *E esperou que ele compreendesse.*

(07:56:04) Anúbis fala para Bastet ~: *Ele fechou os olhos, enquanto ouvia as palavras dela, a sentindo tão proxima, tão junta de si. A apertou ainda mais com os braços, como se para impedir-lhe de escapar, sobre qualquer circunstancia, e deixou, sem a menor relutancia, que sua mão fosse posta sobre o ventre da consorte, acariciando ali com a própria mão. Segurou-lhe a mão que acariciava a face, e como quase sempre fazia, beijou-lhe a palma, a olhando nos olhos, enquanto os abria. Ele não queria arriscar a criança no ventre de Bastet. E aquilo lhe incomodava - não por sentir-se preso a isto, porque já estava antes preso ao bem-estar de Bastet e aquilo não lhe incomodava. Seu incomodo vinha do fato de estar preso. De estar encurralado. Ou Bastet abria os portões e deixava Sekhmet sair, mergulhando em fúria e ódio com seu filho e o de Bastet no ventre... Ou Bastet a mantinha presa no reino dos Deuses - e por ódio e desgraça, Sekhmet poderia fazer coisa pior, e até coisa proposital, com a criança em sua barriga. Anúbis balançou a cabeça devagar,
(07:56:10) Anúbis fala para Bastet ~: irritado. Odiava sentir-se preso, sem saida, sem uma solução livre de riscos, como ele gostava. Odiava contar com a sorte. Ele era o Deus da Justiça, o Senhor dos Mortos. Não o maldito Deus da Sorte. Não era o tipo de homem que apostava as fichas sem ter certeza absoluta do resultado. E ali ele estava, sendo obrigado a fazer exatamente aquilo. Curvou a cabeça, apoiando sua testa na de Bastet devagar. Respirou fundo mais uma vez. Ainda não havia dito nada. Sabia o que ela queria dizer com "Sekhmet tem exércitos". Exércitos que poderiam estar a seu lado contra o exército de Seth. Mas a que preço? *

(08:08:37) Bastet ~ fala para Anúbis: *Sentiu o peso do olhar de Anúbis no seu, sentiu a angustia cortante dentro do Deus da Morte, encarou seus olhos, afogando-se neles devagar, tentando com as garras ilusórias arrancar de dentro de seu peito tudo aquilo que lhe consumia. Permaneceu em silêncio, não aguardava palavras, elas nunca eram necessárias junto a eles. Mas observava, cada minuscula e minima reação de Anúbis, cada expressão leve ou contida, tudo que lhe desse as respostas.* ... *Quando ele simplesmente curvou a cabeça sobre a testa de Bastet respirando daquela maneira, ela apenas fechou os olhos, porque inundou-se da preocupação que corroía Anúbis naquele segundo, sentiu-se tão acorrentada e presa a tudo aquilo quanto ele. Respirou fundo também, tomando coragem para a decisão que achava que deveria tomar naquele segundo, ergueu ambas as mãos, repousando-as sobre a face do Deus, porém sem abrir os olhos ou afastá-lo.* - Talvez... Juntos... Talvez consigamos... Mantê-la sob controle... Mesmo que seja em outro corpo. *Precisava tirar Anúbis
(08:08:45) Bastet ~ fala para Anúbis: daquela angustia, mesmo que fosse de uma maneira que não acreditasse ser tão correta assim.*

(08:33:45) Anúbis fala para Bastet ~: *Manteve-se ali, com a face aconchegada entre as mãos tão familiares de Bastet, e de olhos fechados, ainda por alguns segundos. Pensava nas possibilidades. Nos meios, nas maneiras... Como controlar Sekmeth, se ela estivesse em outro corpo. Como força-la a se controlar. Como obriga-la a apenas fazer o que deve ser feito no momento exato. Ele precisaria correr. Correr muito. Fazer tudo que ainda faltava fazer em tempo récorde, pois não poderiam faze-la esperar tempo suficiente para decidir juntar-se a Seth e seus exércitos. Ele abriu os olhos devagar, focando os olhos fechados de Bastet, sem se afastar, sem mover-se um único milimetro. * - Precisarei de sua permissão, Ubasti. Sekhmet sem dúvida será melhor aceita no corpo de um leão. Terei de reconstruir o corpo de um filho de Seline que tenha caido... *Afinal, Sekhmet, a Deusa-Leoa das guerras e das doenças, tinha a cabeça de um leão. Um Simba, um homem-leão, seria o corpo ideal para manda-la. Provavelmente. *

(08:39:29) Bastet ~ fala para Anúbis: *Ela não abriu os olhos, não os abriu porque tinha medo de que ele visse em seu olhar que aquela idéia a assustava, e sendo assim, ele mudaria de idéia, o que acarretaria em continuar angustiado, continuar, de alguma maneira buscando um modo de domar Sekhmet, portanto, ela manteve os olhos fechados. Esboçou um leve sorriso com as palavras dele, não, ele estava enganado - ao menos naquilo, estava - lhe acariciou a face com as costas dos dedos, sempre de maneira sútil, sempre devagar e cuidadosa.* - Não, Anupu. *Disse em um sussurro, quase inaudível, deixou as palavras no ar por um segundo, antes de prosseguir o que estava para falar.* - Você precisa da permissão do filho de Seline caído, não da minha.

(08:54:53) Anúbis fala para Bastet ~: *Aquilo complicava um pouco as coisas. Mas não o suficiente para lhe tirar a esperança. Afinal, seria só convencer um defensor do planeta a deixar a besta da mais pura destruição invadir seu corpo morto para então descer a terra e fazer uma guerra sem precedentes. Talvez as coisas se facilitassem se ele explicasse bem contra quem seria a guerra - Seth, outro espirito da mais pura destruição, que vinha a dez mil anos se aliando com vampiros e traidores de Gaia. Mas, ainda assim, era dificil contar com a lógica de uma raça de metamorfos conhecidos por sua arrôgancia. Mas disto, ele trataria depois. Anúbis se considerava um eximio negociante e argumentante. Ele descolou a testa da dela em menos de um centimetro, e abaixou o rosto um pouco, deixando que os narizes se tocassem antes que ele lhe beijasse os lábios devagar, por apenas um breve momento. Podia não ver os olhos de Bastet, mas sentia sua preocupação. Provavelmente não tanto, não em seu eixo máximo, ou não continuaria com aquilo. Mas ele a sentia. Após
(08:55:00) Anúbis fala para Bastet ~: o beijo, falaria. * - Confie em mim. Ninguém tocará você, ou nossa cria. Nem mesmo Rá.

(09:11:17) Bastet ~ fala para Anúbis: *Bastet fazia sempre silêncio, não podia ceder a Anúbis a permissão de apossar-se do corpo de um dos filhos de Seline porque ela simplesmente não podia dar essa permissão; em tese, podia sim permitir que ele lhe fosse tomado quando bem desejasse, porém, maior do que seu poder, maior do que o domínio que presidia sobre aqueles em baixo de suas luas, era a fidelidade aos filhos da mãe Seline. Jamais sentiria-se no direito de pedir-lhes - mesmo que tivesse a certeza de que cederiam sobre seu desejo - que lhe permitisse deixar Sekhmet tomar-lhe o corpo.* ... *Suspirou, sentindo o toque rápido entre ambos os lábios, voltou a lhe acariciar a face sorriu de leve, abrindo os olhos devagar.* - Eu confio, Anupu. *Beijou-lhe levemente de novo, antes de focar-se em seus olhos escuros.* - Basta tu confiar em mim agora. E lembre-se do que lhe disse; Sekhmet tem exércitos e eu também.

(09:38:05) Anúbis fala para Bastet ~: *Ele a puxou ainda mais perto, praticamente depositando o corpo tão pequeno de Bastet, em comparação ao seu, sobre seu colo. A apertou contra seu peito cobre e nú, e beijou-lhe mais uma vez. Porém, desta, não fora um toque rapido de lábios. Abriu caminho pelos lábios de Bastet com os próprios e com a lingua, mergulhando ali, fugindo, por aquele momento, das incertezas de uma guerra emergente, e tão obviamente destrutiva, que apertava o peito do próprio Deus dos Mortos, Anúbis. Aquele que, perante os outros, não tinha coração. Aquele que havia julgado o própio pai, e o exilado a terra dos humanos. Aquele que havia ameaçado, a poucas horas, a própria mãe por um insulto que ela cometera. Anúbis era quase uma força cósmica. Uma força de justiça divina, de definição, de balanceamento. E se preocupava com o que viria a seguir. Podia apenas imaginar - ainda que fosse capaz de, em grande desvendar - o quão preocupada e aflita sua pequena Bastet poderia estar. A apertou mais junto de si, ainda mais do que já estava,
(09:38:11) Anúbis fala para Bastet ~: em um consolo não só a ela, como a si mesmo. Era sua maneira de sentir que ela estava ali, e de dizer que ele próprio ali estava. Foram minutos ali, perdido entre o gosto e a saliva de Bastet, até que sua voz se pronunciou baixa, em um murmúrio, olhando-a nos olhos. * - Nos veremos em breve, Ubasti. Muito em breve. *E sorriu levemente, como sempre sorria. Estava na hora de voltar-se a Sekmeth.*

(09:54:03) Bastet ~ fala para Anúbis: *Deixou-se levar, porque queria e porque gostava de quando ele estava assim, tão próximo a ela de tantas maneiras diferentes, então, simplesmente deixou-se levar. Entregou-se ao beijo, aquele tão mais intenso, tão mais profundo do que muitos outros, e com tantos mais significados do que um simples beijo. Mergulhou de braços abertos nos lábios do Deus da morte. Até senti-lo separar-se dela mais uma vez. Bastet sorriu, aquele sorriso que apenas Anúbis tinha acesso. Acariciou-lhe a face devagar.* - Vou estar sempre olhando por ti, Anupu, lembre-se disso, sempre. *Inclinou-se para frente, beijando-o de leve, antes de, com calma levantar-se, ainda segurando uma das mãos de Anúbis, deixando que os dedos escorregassem devagar enquanto ela se afastava e por fim, a soltado, abaixou-se para a cabeça de gato no chão, pegando-a e erguendo-a. Olhou para trás mais uma vez e sorriu, antes de levá-la a cabeça.*

(10:28:40) Anúbis fala para Bastet ~: *Apertou-lhe a mão com suavidade, ainda que de maneira firme, quando ela disse aquelas palavras como se fosse uma despedida. Não era. Ele convenceria Sekhmet, convenceria o filho de Seline, e Bastet e ela estariam separadas mais uma vez. Aquilo não era uma despedida. Não da maneira que as palavras dela pareciam soar. E só então, após deixar que ela entendesse tudo aquilo em seus olhos - porque entre eles, as palavras não eram necessárias. Nunca foram. Nunca seriam. Sentimentos são intensos, palavras são triviais. Segurou o lábio inferior dela entre os próprios, quando ela se afastou, entrelaçando os dedos na pequena mão de unhas afiadas da Deusa enquanto ela se levantava e se afastava. E se levantou, recuperando a postura, recuperando a seridade, recuperando o eu que era seu, e sempre seria, longe dos olhos de Bastet; Não havia sentimentos. Não havia dúvida. Não havia preocupação. Era um Deus perfeito, a espera de Sekhmet.*

(10:38:46) Bastet. fala para Anúbis: *A mudança era rápida e evidente: O corpo alongava-se, quase tão grande quanto Anúbis, os pés transformavam-se em patas pesadas e as mãos.... As mãos viravam patas numa mistura humanóide e animal, a cauda pendia de um lado para o outro, e as vestes tornavam-se rubras e douradas, as orelhas arredondadas e a cabeça tipica de um leoa fazia parte do processo.* ... *Estalou os dedos, depois o pescoço, ainda de costas para Anúbis, ainda sem dar importância a sua presença. Passou a língua nos lábios e só então se virou para ele, aqueles olhos avermelhados, tão distantes do doce olhar de sua Bastet. Sekhmet ficou um segundo em silêncio, apenas observando Anúbis, encarando-o como se ele fosse a caça e ela a caçadora.* - E agora, você vai ser meu cão guia, hm? *E logicamente referia-se ao "trato" que fizeram. Arreganhou a bocarra em um sorriso cínico. Voltou a estalar o pescoço.* - Quanto mais rápido isso acabar, mais rápido terá a felina de volta, não dificulte as coisas. *Moveu-se, as patas pesadas causando pequenos
(10:38:55) Bastet. fala para Anúbis: estrondos propositalmente, levou as mãos às costas em uma postura falsamente pensativa, Sekhmet nunca pensava, simplesmente agia.* - Eu só preciso passar. Nada além disso.

(10:45:31) Anúbis fala para Bastet.: - Melhor que isso. *Anúbis disse, segurando as mãos as costas, como sempre costumava fazer - considerava a posição muito confortavel. Os olhos de Anúbis se focaram nos de Sekhmet, sem medo, sem hesitação, sem dúvida, sem nada. Era, talvez, a criatura mais segura de si que ela já havia conhecido. * - Vou lhe dar um corpo só seu. Liberdade... para sempre. *E parou de falar. Não havia mais o que dizer. Não antes que ela se pronunciasse, não antes que ela demonstrasse interesse, não antes que ela desse alguma reação, alguma posição sobre as palavras que ele havia acabado de proferir. Sabendo que ela aceitava - porque ele tinha certeza absoluta de que ela o faria, ele iria por na mesa todas as variaveis do novo acordo. E então, iria em busca do Simba. Mas tudo isso, tudo isso... Apenas quando ela lhe desse uma posição. Apenas quando aqueles olhos demoniacos mostrassem alguma coisa. Apenas quando o rosto da besta-fera entregasse sua ânsia.*

(10:58:55) Bastet. fala para Anúbis: *A primeira resposta de Sekhmet ainda de costas para Anúbis foi o silêncio e a imobilidade. Permaneceu estática e calada por tempo demais, parecia até mesmo, por um reles segundo, ter assumido a postura silenciosa de Bastet. Mas então ela se virou, devagar, olhou Anúbis de cima a baixo e simplesmente começou a gargalhar. Gargalhou então forte e intensamente que alguns adornos e vasos tremularam os mais frageis simplesmente se arrebentaram diante da estrondosa gargalhada da peste. E ficou assim por minutos, afinal não precisava tomar fôlego para nada. Virou-se completamente para Anúbis, ainda dedicada em olhá-lo no fundo dos olhos.* - Muito boa! *Bateu as palmas, antes de se calar novamente.* - Pare logo de dar voltas, Anúbis, e me diga como saiu daqui.

(11:04:42) Anúbis fala para Bastet.: *Novamente, como em todas as outras vezes, ignorou completamente as risadas histéricas, os objetos explodindo - podia concerta-los depois, longe da presença destrutiva, ignorou as palmas, a ironia, tudo. Até que, por fim, quando ela parou de exceder-se - coisa que ele, realmente, não entendia, visto que naquilo, ela era muito parecida a Seth. Não havia ninguém para se impressionar com seus estardalhaços. Não havia motivos para faze-lôs... E eles, ainda assim, os faziam. Quando ela parou de exceder-se, ele ainda levou mais um segundo parar falar, inafetado, como se esperando que ela pudesse rir de novo. * - Não precisa bancar-se desinteressada, Sekhmet. Eu conheço a sensação. Estar preso em algo menor que você, subjulgado a vontade alheia... *E aquilo, de fato, ele conhecia. * - Imagine um corpo só seu. O corpo de uma Simba, um dos metamorfos-leão. Estar sempre no controle. Não depender da vontade de Rá para existir...

(11:09:40) Bastet. fala para Anúbis: *Mais uma vez ela ficou muda, chegando a arquear uma das sobrancelhas ao ouvi-lo falar daquela maneira. Passou a língua pelos dentes pontiagudos, levando novamente as mãos às costas e caminhando pelo lugar, era raro Sekhmet parar para pensar em algo, exageradamente raro. A cauda balançava de um lado para o outro, enquanto ela dava voltas e voltas, então finalmente parou, virando-se para ele. Podia ser caótica e tão destrutiva quanto Seth, mas estava longe de ser burra.* - Por quê?

(11:17:28) Anúbis fala para Bastet.: *Ela estava pensando. Aquilo era bom. Havia conseguido, mais uma vez, a atenção de Sekhmet. Tão facil, tão simples. Era o mesmo que balançar um pedaço de carne em frente a um leão faminto - ele obviamente iria querer. Ele obviamente iria aceitar se você o jogasse para ele. * - Porque ambos temos uma guerra pela frente. Porque temos um inimigo em comum. Porque eu posso lhe mostrar como passar, mas pode levar anos, e será apenas você. Sem exércitos. E o mesmo para mim. Porque Bastet pode abrir os portais, mas precisa estar separada de ti. *"Porque não quero meu filho ou minha mulher no mesmo corpo que você em sua loucura assassina.", ele pensa, mas não diz. Não demonstrava hesitação. Não demonstrava dúvida. Não parecia mentir - e definitivamente, não estava. Só lhe dera motivos verdadeiros, motivos simples, porém, verdadeiros. Evitava com sucesso o desejo de olhar o ventre a todo momento, quando na presença de Sekhmet. Não podia faze-lo, pois entregava suas fraquezas - as únicas - para Sekhmet. *

(11:50:44) Bastet. fala para Anúbis: *Sekhmet ficou Anúbis, não exibia como ele queria tamanha ansiedade pela liberdade que ele lhe prometia. De maneira alguma, assim como o Deus dos Mortos evitava olhar o ventre de Sekhmet ela evitava dar-lhes armas a empreitada que ele lhe propunha. A Deusa-Leoa ficou silenciosa, como em séculos não ficava depois de liberta.* ... *Abriu a boca, mas um rosnado fraco lhe escapou, como se estivesse preparando-se para falar ou dizer algo, mas voltou a ficar calada de uma maneira agora já incomoda e estranha. Voltou as mãos às costas, zanzando pelo cômodo em suas passadas pesadas e grosseiras.* - Separar-me de Bastet... Em um corpo de Simba... *Rosnou leve de novo, ainda se movendo, ainda estranhamente pensativa. Sekhmet via com desconfiança o oferecimento de Anúbis, via dentro daquelas palavras tão certas, tão limpas e puras e tão promissoras, via alguma coisa mais, algo que ele desejava ocultar por entre as vírgulas e pontos. Era caótica, mas estava longe, muito longe de ser tão estúpida quanto Seth - ao menos,
(11:51:07) Bastet. fala para Anúbis: ao ver dela - virou-se novamente para Anúbis, os olhos de fera avermelhados fitando-o em silêncio, até abrir a bocarra por mais uma vez.* - Não. *E deu as costas ao Deus, andando em direção a porta.*

(12:02:50) Anúbis fala para Bastet.: *Ele não disse nada, apenas a observando, sem demonstrar a menor reação. Sem demonstrar um pingo de decepção ou surpresa ao vê-la negar a proposta que lhe parecia tão obviamente aceitavel. Tão ridiculamente aceitavel, e tão cheia de apenas vitórias. Deixou que ela passasse por ele, e se dirigiu a mesa, onde arrancou um par de uvas verdes dos cachos tão perfeitos que pareciam - e eram - obra divina. E então, quase ela estivesse quase na porta, sua voz, sempre tão indiferente, soaria. * - Se é seu desejo, Sekhmet. Mas, lembre-se: Seth era o mais forte de nós. Seth está construindo um exército a dez mil anos. E você, Deusa das Doenças e da Guerra, mesmo que convença-me a deixa-la sair usando o corpo de minha mulher para tal missão suicida, não poderá levar sequer um soldado. *E então, levou uma das uvas a boca, a enfiando lá inteira, e mastigando devagar, apenas a observando. Ela veria a razão. Em algum momento, ela veria a razão. Mesmo que não naquele momento, mesmo que não naquele dia, ela iria, enfim,
(12:03:04) Anúbis fala para Bastet.: ver a razão. *

(12:11:17) Bastet. fala para Anúbis: *Ela parou de se mover, ainda ficando de costas para Anúbis, sem olhar para trás ou mostrar qualquer outro tipo de reação, apenas escutando o que lhe era dito, chegou a esboçar um sarcástico sorriso com as palavras "minha mulher" que o Deus usava para falar de Bastet. E quando ele por fim se calou, Sekhmet virou-se para ele; estranhamente calma, gesticulou com uma das mãos.* - Apontou de maneira correta, Excelentíssimo Deus do Submundo. Eu sou Sekhmet, Deusa das doenças e das pragas, senhora da fúria e do caos. *Gesticulou de novo, ainda calma, ainda com a voz mansa, como se explicasse a uma criança sua tarefa de casa.* - E por isso... Eu estou em todos os lugares, meu exercito nunca esteve aqui dentro, nunca. *Arreganhou a bocarra em outro sorriso doentio.* - Sem Bastet, eu serei apenas Sekhmet, quando destruir Seth, vocês me baniram para fora do panteão, tão semelhante como fizeram a ele, sem Bastet eu tenho apenas uma exercito, apenas o meu. *Deu um passo na direção do Deus, mas deteve, abrindo os braços
(12:11:48) Bastet. fala para Anúbis: e indicando todo o quarto.* - Com Bastet eu tenho dois exércitos o meu e o dela... *E então, levou uma das mãos-patas até a boca, como se tivesse se lembrado de algo.* - Dois não... Três.... Porque com Bastet e tua cria em mim... Eu tenho teu exercito também, Anúbis. *Respirou fundo, balançando a cabeça em sinal de negativo e se aproximando dele, deu-lhe uns tapinhas no ombro, como quem consola um amigo.* - Bastet vai abrir as passagens... Você vai fazê-la abrir as passagens... Porque se não, Anúbis... Vou ter que passar do meu jeito... E do meu jeito... *Segurou a mão do Deus e espalmou-a contra o próprio ventre.* - Do meu jeito pode ser bem dolorido. *Soltou-o dando as costas de novo, levou ambas as mãos a nuca, caminhando.* - Procure-me quando achar um jeito de convencer a felina a abrir ao menos as saídas, Anúbis, vou estar caçando.. Falcões. *E acenou com uma das mãos-patas.*

(12:26:01) Anúbis fala para Todos: *Ouviu as palavras dela, e não teve reação nenhuma. Absolutamente, nenhuma. Estava desarmado. Ela tinha a faca, o queijo, uma metralhadora, e o que mais quisesse nas mãos. Ela tinha Bastet nas mãos. Ela tinha sua cria na barriga. Diabos, ele não tinha o que fazer. Não havia pensado em nenhum outro jeito para proteger sua cria, além de separar Sekhmet de Bastet. Ele chegou até mesmo ao extremo de permitir que ela lhe tocasse os ombros, privilégio que apenas Bastet conhecia. E não pode fazer nada. Não pode fazer nada naquele instante, porque... Porque não podia. Os céus trovejaram do lado de fora. Os Anubites a seguiriam com os olhos por onde fosse, rosnando baixo, mesmo ao risco - e a certeza - de que cada um deles seria destruido. Era o reflexo do ódio de Anúbis. O reflexo que ele não podia controlar. Porque, o que ele podia, já fazia mal feito. Nunca havia precisado se concentrar tanto - TANTO - para não voar sobre o pescoço de um Deus e estraçalhar-lhe as visceras com as próprias mãos quando naquele
(12:26:12) Anúbis fala para Todos: momento. E quando ela deixou o quarto... Quando ela deixou o quarto, Anúbis fez algo que se envergonharia, diante de todos, e até de si mesmo, mais tarde: O pé direito atingiu, com toda a força, a mesa central, que saiu voando, se espatifando contra uma das paredes de rocha negra, as frutas, o vinho, tudo caindo no chão. Maldita leoa. Maldita leoa. MALDITA LEOA! * ... * Era filho de Seth, afinal de contas.*

(12:41:52) Bastet. fala para Todos: *Caminhou gloriosa, como o general de mil exércitos, caminho cheia de si pela piramide negra, transformando em pó um Anubite aqui e ali, não que se importasse mais. Apenas pela falta do que fazer. E assim foi, rumando para fora dos domínios de Anúbis, tinha um destino certo, alguém para ver, alguém com quem falar. Arreganhou a bocarra de mais uma vez naquele sorriso animalesco e monstruoso e depois rosnou, tão profundamente que voltou a abalar o Submundo e o Sobremundo, mas ela não rosnou um rosnado, não unicamente um som sem dicção. Ela rosnou um nome, rosnou o nome de quem ia recebê-la... Por bem ou por mal.* ... *Ela chamou por Néftis, chamou pela deusa ciumenta e ardilosa, chamou por ela e rumou, a passadas pesadas e pestilentas em direção a mulher. Estava na hora de por pingos nos ís.*

(12:09:12) §Ísis§ fala para Todos: Mantive por algum tempo, mas agora não consigo mais. *Respondeu a deusa, referindo-se a manter contato com o filho.* Algo aconteceu que me impediu de continuar. E ele nunca me disse que devia deixar você. Ele apenas me recomendou cuidado. E Hórus não precisa me exilar, afinal já fui afastada do convívio divino. *Suspirou longamente, correspondendo apaticamente ao beijo do consorte. Não havia deixado de amá-lo, apenas se sentia mais enfraquecida a cada hora passada desde que o contato entre o plano terrestre e o divino fora fechado. Naturalmente não entendia bem o que estava havendo. E talvez não fosse ter tempo de entender, visto que quando a ligação entre os planos fosse refeita Sekhmet seria enviada para destruir Seth.*[...] *Néftis ficou calada por algum tempo,
(12:09:32) §Ísis§ fala para Todos: refletindo, após o comentário feito por Hórus em tom de quem finalizava a conversa. Sabendo que de nada adiantaria insistir em que a irmã e rival fosse levada a si, assentiu, reconhecendo a derrota. Observou a saída de Hórus, com imensa atenção. Ficou no local ainda por alguns momentos, antes de se retirar para seus aposentos. Sentou-se em seu divã e pensou. Não podia exigir o transporte de Ísis até o seu plano, e não lhe convinha descer ao plano dos mortais. Pensou muito, e sorriu. Chamou uma serva e ditou uma carta. "Querido sobrinho e Rei do Sobremundo, Hórus. Eu, sua tia Néftis, peço desculpas por ter-me excedido no que concerne ao destino de Ísis. Comprometo-me a parar de trilhar o caminho que vinha seguindo, e que era o caminho da vingança insensata. Se me permite um pedido, peço que vá ter com sua mãe, e converse com ela sobre seus atos. Talvez, por suas sábias palavras e pela maneira que só um filho tem de argumentar, ela veja a luz e se afaste daquele que nenhum bem pode lhe trazer. Respeitosamente,
(12:09:39) §Ísis§ fala para Todos: Néftis." Terminando a carta, mandou-a por um servo, que bateu à porta de Hórus e esperou a permissão ou negação de sua entrada, ansioso para entregar logo a carta da deusa e se ir. Sabia que não poderia fazê-lo, claro, visto que recebera ordens expressas de esperar pela resposta.*


(12:51:14) Seth. fala para §Ísis§: *A luz da lua banhava o corpo de nu do deus da destruição. Seth ainda arfava, admirando o céu limpo com um sem número de estrelas visíveis. Podia sentir o cheiro de sexo e o calor do corpo lânguido de Ísis na cama atrás dele. A deusa possivelmente se animara para dar ao pai da vida quet razia no ventre um pouco de prazer, já que Seth sabia que a carne macia de Ísis vinha lhe causando tormentos constantes. Fechou os olhos por alguns instantes, vasculhando cada servo na Terra, perscrutando a atividade setita, certificando-se de que, ainda que ausente, as buscas pelos sete pedaços faltantes de sua alma. O que parecia mais próximo se achava no sul da Itália, o que significava que em breve teria que estar acolá. Virou a cabeça, jogando os cabelos úmidos para traz, na infrutífera tentativa de refrescar-se com a lufada de ar gélido da noite. Observou por alguns instantes os seios de Ísis, certificando-se que a respiração tranquila da deusa lhe restaurava as forças num descanso merecido. O relógio digital do hotel...
(12:51:27) Seth. fala para §Ísis§: marcava 4h00min da manhã e logo o sol nasceria. Até que nascesse, poderia pensar nas palavras de Ísis, que mantivera contato com Hórus por um breve período de tempo mas que, por algum motivo incerto, esse contato deixou de existir. Para Seth, é claro, não fazia muita diferença, já que jamais tivera contato com deus algum até recentemente, com Ísis e, depois, Anubis e Bastet. Talvez Hórus estivesse ocupado demais ao pressentir a fúria crescente de Seth. Talvez seus Exércitos estivessem manobrando. Seth já treinava suas habilidades guerreiras há semanas e isso deveria ser remediado. Ele, é claro, não poderia imaginar que a arma de Hórus era mais devastadora do que muitos exércitos: era uma besta maldita, o braço esquerdo de Rá. Não poderia imaginar que Sekhmet havia recebido como missão extirpá-lo.* [...] *O servo que batia à porta foi prontamente atendido. Hórus dispensou todo seu séquito, ficando a sós com a carta de Néftis. Era algo absolutamente pessoal, de certo. O deus falcão não saiu do aposento por un..
(12:51:52) Seth. fala para §Ísis§: um bom tempo. Ficou a refletir a proposta da tia, que lhe cheirava à traição. Não podia correr o risco de deixar o trono num período de instabilidade como esse. Mas também não podia deixar de atender ao pedido da tia, vez que ela se insinuava a trilhar um caminho mais digno. Era de sua essência trazer os impuros à retidão virtuosa. Respondeu à tia enviando-lhe uma comissão de três Falcões. Eles lhe serviriam como o fito específico de descer à Terra tão logo as comunicações se restabelecessem, lidassem com Ísis, conforme o desejo da tia. Estavam, enfim, sob ordens de servirem a todas as vontades de Néftis. Que ela fizesse bom aproveito, então. Os três Falcões mais habilidosos marcharam em sincronia até os aposentos de Néftis. Por ora, os deuses estavam alheios ao que se passava no Submundo, bem como acerca da marcha tempestuosa de Sekhmet.*

(01:05:24) §Ísis§ fala para Todos: *Achava-se deitada sobre o colchão macio, mergulhada num sono profundo e reparador. Havia resolvido dar a Seth o gosto de seu corpo, o que exigira considerável esforço de sua parte. Aproveitara aqueles momentos nos braços dele sem pensar em coisa alguma além daquele quarto. Os outros deuses, os perigos a que estavam expostos, nada existia. Apenas Seth. Terminado o deleitoso embate físico, adormecera profundamente nos braços dele, recuperando as forças para os momentos que se seguiriam. Com um pequeno gemido inquieto, virou-se bruscamente na cama e abraçou o consorte. Seus lábios se moveram, deixando escapar o nome dele, e ela o apertou um pouco nos braços, sem despertar.* [...] *Néftis estava em seus aposentos, esperando ansiosamente pela resposta de Hórus a sua carta repleta de falsidade e traição. Sabia que Hórus era honrado, e custava a crer na falta de honra alheia. Não era ela quem iria censurar isso ao sobrinho, ainda mais quando tal situação lhe era favorável. Sorria para si, contando os segundos, quan
(01:05:33) §Ísis§ fala para Todos: quando ouviu o rugido de Sekhmet. Levantou-se imediatamente. Quando a leoa se aproximasse, a irmã de Ísis estaria de pé, esperando-a. Fora o brilho inquieto em seus olhos, nada denunciava o temor que Sekhmet lhe causava. Os Falcões ainda se aproximavam, por outro caminho.* Sekhmet. O que quer? *Perguntou, sem rodeios. Sabia que sua polidez seria jogada fora com a outra.*

(01:15:48) Anúbis fala para Todos: *Anúbis destruiu mais uma ou duas coisas por seu quarto antes de conseguir começar a pensar decentemente - a cama, e o guarda-roupa também. Uma tempestade assolava o submundo - uma tempestade como nunca havia sido vista antes. Por todos os lados, menos nos pacificos Campos de Iaru, a areia se revoltava, feroz, como que atacando o próprio ar. Era o reflexo da fúria do senhor daquelas terras. O reflexo de seu desejo de rasgar Sekmeth ao meio - é claro, o que ele não faria, visto que.... Rasgar Sekmeth ao meio. Era aquela a resposta. Diabos. Como não havia pensado naquilo? Anúbis se aproximou de uma das cadeiras que ainda estavam inteiras, e se sentou sobre ela. Fechou os olhos. Fez os rituais necessários com as mãos... e não estava mais lá. * ... *O corpo humano de Anúbis estava dormindo no galpão indetectavel, quando o Deus se apossou dele. Anúbis se levantou, estalando os ossos do pescoço e dos braços, se adaptando novamente ao corpo mortal, que parecia sempre tão pequeno para sua imensidão divina. E então,
(01:15:56) Anúbis fala para Todos: E então, levou a mão ao punhal que Seth lhe havia entregue. Só precisava pensar e... desapareceu. Desapareceu apenas para reaparecer ao lado da cama da madrasta e do pai, de olhos fechados, as mãos atrás das costas, em silêncio. Só disse uma palavra, então. * - Roupas.

(01:27:02) Sekhmet. fala para §Ísis§: *Sekhmet avançou, sem presa, sem afobação, pisou nas flores - se tivesse - assustou os servos, quebrou coisas e quando chegou finalmente a presença de Néftis, a mulher-leoa - porque diferente dos outros, Sekhmet apresentava-se sempre em seus dois metros e dez de altura, em sua fisionomia leonina. Patas, garras, focinho e cauda, era um leão erguido sobre duas patas. - Olhou-a e aprontou-se para falar, porém assim que abriu a boca, voltou a fechá-la, virou o rosto para o lado, farejando o ar.* - Hm... Tem cheiro de galinha. *Resmungou antes de virar o corpo completamente naquela direção. Bateu as patas contra o chão, como se estivesse para se firmar ali, inclinou o corpo para frente e os braços para trás e abriu a bocarra imensa em mais um terrível rosnado. Na direção dos falcões. Quando tivesse certeza de que tinham sido abatidos, voltar-se-ia para Néftis.* ... *Fitou a mulher de cima a baixo, revirando os olhos levou teatralmente as mãos às costas e começou a caminhar pelo local, sempre produzindo barulhos
(01:27:24) Sekhmet. fala para §Ísis§: e abalos diante de seus passos pesados.* - Néftis minha cara. *Gesticulou com uma das mãos para enfatizar ainda mais o que era dito.* - Eu não ligo a mínima, simplesmente não ligo. Por mim, enfiava todos vocês no rabo de um falcão e explodia. Simples assim. Vocês são fracos, patéticos, cansativos, enjoativos, burros, cegos e arrogantes. *Parou um segundo de andar para olhá-la por cima dos ombros.* - Porém, minha tarefa é outra; Destruir Seth, e como desejo de Rá, assim o farei. *Gesticulou de novo, dando de ombros com os modos com que falava.* - Porém, gostaria de lhe fazer um pequeno adento: Hórus disse que como farei é problema meu, e a partir do segundo que se tornou problema meu, tudo que engloba essa tarefa é um... Problema meu. *E só então se virou para a mulher, caminhando em seus passos pesados na direção de Néftis, segurou seu rosto entre os dedos da mão-pata, apertando-o de leve.* - Então serei breve e direta Néftis: Foda-me e eu foderei você. *Deu uns tapinhas no rosto da mulher.* - Fui clara ou v
(01:27:38) Sekhmet. fala para §Ísis§: você quer que eu desenhe?

(01:37:03) Seth. fala para §Ísis§: *Chamavam-no "maledeto" porque jamais deixara de estar em atividade. Era um dos vulcões italianos mais incômodos, embora a fama ficasse sempre com o Vesúvio. Expelia magma cerca de três vezes por mês, mas como a intensidade era pequena, nem mesmo os geólogos davam muita bola para o vulcão. Dois sujeitos protegidos pela escuridão estavam na beira da cratera, olhando, lá embaixo, o magma borbulhar.* Tem certeza...? *Perguntou um deles incerto.* Nós fomos enviados para averiguar, não fomos? É só olhar e pronto. *Ambos pareceram concordar.* O que eu devo f...? *Mas não terminou a frase. O parceiro o empurrou cratera abaixo, fazendo com que o corpo do sujeito fosse consumido pelas chamas antes que se espatifasse num rochedo e, depois, fosse derretido pelo magma. Ouviu-se um gritou rouco e só. O silêncio que se seguiu durou pouco, como se o vulcão percebesse a intrusão: a terra tremeu e, mais uma vez, o Maledeto entrou em erupção. À beira do vulcão, os olhos do sobrevivente brilharam ígneos, tomados de...
(01:37:14) Seth. fala para §Ísis§: satisfação.* [...] *Seth abriu os olhos. Anubis havia invadido o seu quarto. Não se podia localizar Seth, salienta-se desde logo, vez que o deus não tinha há milhares de anos qualquer conexão com o plano divino. E o punhal que dera a Anubis servia mais como um chamado por Seth do que como um meio de encontrá-lo: Anubis deveria sacrificar uma vida e fazer os rituais necessários a fim de chamar pelo pai. Agora, ele o havia encontrado por conta de alguma conexão divina, alguma... e olhou para Ísis, que dormia. Ignorando o filho, falou, enquanto colocava uma roupa qualquer.* Ísis! Ísis, acorde!!! *Vestia uma calça preta e um paletó da mesma cor: da camisa, parecia, esqueceu. E estava descalço.* Encontrei. *Disse, por fim, e estendeu a mão para a deusa nua.* A minha alma se fortalece. Venha, vamos! *E, virando-se para Anubis, disse, seco.* Chacal, você deveria bater à porta. Siga-nos, se quiser. Será bom que veja isso. *Se a deusa se levantasse e se vestisse, tomaria-a nos braços e, através das Trevas, viajaria...
(01:37:24) Seth. fala para §Ísis§: pelo tempo e pelo espaço, repousando os pés com suavidade na borda da enorme cratera vulcânico do Maledeto. Aos poucos, Seth se tornava mais poderoso. E Anubis poderia segui-lo a fim de testemunhar a ascensão gradual do pai.* [...] * Os Falcões voaram, literalmente, arremessados para trás. Mas não foram destruídos. Levantaram-se, um a um, limpando a poeira que lhes sujava. Eram Falcões. Não eram soldados quaisquer. Eram a guarda de elite do Exército mais poderoso dos deuses. O fato de terem sido derrubados por conta do rugido de Sekhmet apontava que a deusa era verdadeiramente poderosa, mas também apontava que os Falcões eram osso duro. Eles simplesmente se levantaram e continuaram marchando, como se nada tivesse acontecido. Entraram nos aposentos de Néftis ignorando os vestígios que Sekhmet deixara: um amontoado de ruínas. A marcha metálica só cessou quando se ajoelharam diante da tia de Hórus, ignorando por absoluto Sekhmet. Não revidariam: não tinham ordens para tal, ainda que tivessem sido atacados. Se...
(01:37:46) Seth. fala para §Ísis§: Néftis ordenasse, eles atacariam Sekhmet, é claro, mas ela perderia a oportunidade de enviá-los à Terra.* Nós somos os Falcões de Hórus e o representamos. *O que significava que uma guerra declarada aos falcões era uma guerra declarada ao deus-rei.* Temos ordens de servir à munificentíssima e sapientíssima Néftis em absoluto, a fim de atender à requisição que ela fez ao deus-rei, enviando-nos, se desejar, à Terra, para ter com Ísis. *E disseram tudo isso diante de Sekhmet, pensasse ela o que quisesse. A vontade de Hórus se exprimia pelos lábios dos Falcões e isso poderia expor os planos sórdidos de Néftis justamente aos olhos da leoa. Ela estava mesmo com problemas.*

(11:31:15) §Ísis§ fala para Todos: *Ainda dormia quando Anúbis apareceu daquela forma inesperada em seu quarto. O corpo moreno tinha apenas a região íntima coberta pelo lençol. Ouviu vagamente a voz dele, e despertou com a voz de Seth. Levou algum tempo para despertar realmente, tendo exata consciência do tempo e do espaço. Correu a apanhar um vestido cor de cobre, que jogou rapidamente sobre o corpo. Reverenciou brevemente Anúbis e enlaçou os ombros de Seth com os braços, deixando que a transportasse até o vulcão. Olhou para baixo, vendo o magma dentro da cratera. Ergueu uma sobrancelha e olhou de novo para baixo, sem soltar o consorte.* Que significa isso, Seth? O que fazemos aqui? *Indagou, os olhos límpidos fixos nos dele.* [...] *Néftis esperou a aproximação de Sekhmet. que escolha tinha, afinal? Ouviu cada palavra daquela força incontrolável em forma de leoa. Os olhos se mantinham no rosto dela, deixando-se segurar.* Eu entendi... *Murmurou, alguns segundos antes da chegada dos Falcões. Olhou-os de lado. Podia mandar que eles atacassem
(11:31:45) §Ísis§ fala para Todos: Sekhmet, mas seria inútil. Esperou que ela a soltasse e se afastou um passo, encarando os Falcões.* Quero que encontrem Ísis. Um de vocês deve estar sempre perto dela, sempre com os olhos nela. Os outros dois devem se revezar entre vigiá-la e me trazer notícias. Se tiverem a chance de ficar a sós com ela, digam-lhe que eu já sei de tudo. *Calou-se, dispensando os falcões com um gesto. Se a leoa não estivesse ali, seria muito mais específica em relação ao que desejava. O que provavelmente incluiria muito mais do que espionagem. Não importava. Sabendo como e onde Ísis estava, poderia traçar seus planos com mais cuidado.*

(11:37:38) Anúbis fala para Todos: *E Anúbis os seguiu. Não queria. Nem mesmo queria realmente estar ali, de guarda baixa, necessitando dos conselhos de Seth. Mas ele os precisava. Não conseguia pensar em nada para livrar-se de Sekhmet - ou melhor, havia pensado em algo, mas não sabia exatamente como proceder para a sua realização. Mas Seth saberia. Era o tipo de coisa que alguém como Seth saberia fazer. Anúbis parou a beira do vulcão, mas não olhou para dentro. A poeira do magma e da grossa e escura nuvem que se soltava parecia lhe ignorar, assim como as gotas pesadas de rocha derretida - era como se, coincidentemente, nada lhe tocasse, apenas abrindo passagem em volta de seu corpo. Anúbis tinha seus olhos fixos em Seth. O sentia se fortalecer. O sentia tornar-se mais poderoso. E aquilo lhe era interessante. Muito, muito interessante. * - Precisamos conversar. *A voz soturna, baixa e de tom imperial deixou seus lábios lentamente. Ignorava Isis, também. Não havia ido até lá para ter com ela.*

(11:59:13) Sekhmet fala para Todos: *Sekhmet estava de costas para Néftis e seus falcões, estava de costas olhando para o céu tingindo de vermelho levemente. Estava ali pensando, que talvez... Talvez a proposta de Anúbis pudesse ser revista... Claro, com algumas alterações talvez não ficasse assim tão ruim. Ficou em silêncio, ouvido e ouvido, até Néftis dar as ordens. Então, abruptamente, Sekhmet se virou.* "- Quando você olha para o abismo." *Ela começou, mas não terminou, porque tinha certeza que Néftis conhecia o final daquela tão dita frase. Deu uns passos na direção da mulher, mas nada ameaçador, nada que fosse mesmo para assustá-la, curvou-se de leve, dando mesmo a impressão de que queria reverenciá-la.* - Sabe, Néftis. Nunca permita que a doença toque você. *Gesticulou com uma das mãos em direção a si.* - Lembra-se das dez pragas do Egito, Néftis? *Uma pergunta retorica pois não se importava se a ela se lembrava ou não, voltou a caminhar, dessa vez devagar em direção aos falcões, inclinou-se na direção de um deles, segurando-o pelo
(11:59:38) Sekhmet fala para Todos: queixo com sua mão-pata para que a olhasse e Sekhmet o encarou no fundo dos olhos, tão intensamente, então profunda e ameaçadora que talvez... Só talvez, aquele olhar fosse o suficiente para simplesmente... Destruí-lo. Então se aproximou do segundo, espalmando sua mão-pata sobre a cabeça dele, mas sem fazer força, sem fazer menção de que ia realmente feri-lo, mas fez algo pior. Em fogo e brasas, ela cravou sua marca na testa do falcão.* - Eu lhe dei um recado, Néftis, um aviso amigável e você o desconsiderou em minha presença. E você permitiu que eu a tocasse, Néftis, teu primeiro ero foi me subestimar, duvidar dos meus motivos e por em risco a tarefa dada a mim diretamente por Rá através de Hórus. *E só então virou-se para a mulher, ainda estranhamente calma, ainda estranhamente dócil, respirou fundo.* - Bem vinda, Néftis, as suas dez pragas pessoais. *E de pronto, assim que Sekhmet proferiu aquelas palavras, todos os lugares próximos a Néftis onde continuam água, o liquido se tingiu de vermelho sangue,
(11:59:57) Sekhmet fala para Todos: inutilizados.* - Toda vez que interferir, direta ou indiretamente, será presenteada com uma das pragas adaptadas exclusivamente a você. Divirta-se, Néftis. *E sendo assim, deu-lhe as costas.*

(12:09:38) Seth. fala para Todos: *Seth estava de braços cruzados à beira do Maledeto, sentindo o calor da lava vulcânica preencher-lhe os pulmões. A terra rugia sob os pés dos deuses e a noite ia alta. O peito nu não era tocado pelas fagulhas insolentes que se aventuravam a aproximar-se do deus do caos e que eram por isso desfaceladas por alguma força misteriosa.* Não tema, Ísis. *Disse, virando-se lentamente para a deusa e para o Chacal, deixando que a ventania ígnea lhe levantasse o paletó, sob o qual não outra roupa existia, senão sua carne.* Aqui não há nada além de mim. A terra que treme... *E apontou para o interior do vulcão.* Treme por mim. Só há caos e destruição aí dentro. Aí... pulsa o meu coração. *E, de fato, se os deuses prestassem atenção, poderiam ouvir uma batida ritmada, como se houvesse mesmo um coração pulsante enterrado no meio do magma e que o fazia expelir-se furioso. De costa para a cratera e com um sorriso nos lábios, fitou Anubis, tentando ler em sua expressão algum prenúncio do que ele pretendia tratar com...
(12:09:57) Seth. fala para Todos: Seth. Não conseguiu.* Precisamos conversar...? *Isso era algo inesperado. Anubis não era exatamente do tipo tagarela.* Hum... Tudo bem. Mas, primeiro, há algo mais importante que seu discurso. *E, com um sorriso macabro, Seth abriu os braços, à beira do vulcão, de costas para a abertura, o calcanhar já se precipitando para dentro. A voz poderosa foi ainda mais macabra que o sorriso.* Contemplem... *E, dizendo isso, deixou-se cair de braços abertos sem emitir ruído algum, espatifando-se no magma e sendo por ele engolido.* [...] *Os três Falcões se entreolharam tão logo Sekhmet deixou o lugar: estavam apavorados, mas nenhum deles tremia ou dava sinais de um desespero gritantes. Eram, afinal, a elite militar de Hórus. A Marca da Praga era algo além do conhecimento dos guerreiros, razão pela qual resolveram ignorá-la até que fossem dispensados dos serviços de Néftis. Sekhmet era assustadora e todos tinham certeza absoluta de que mais cedo ou mais tarde teriam que combatê-la, sob a égide de Néftis ou de...
(12:10:09) Seth. fala para Todos: Hórus. Mas Hórus não tinha essa certeza. Sentado em seu trono, ponderava os motivos de Rá ter libertado Sekhmet. É certo que não fora para caçar Seth, porque se assim fosse, teria libertado a Besta há muito tempo. Havia algo a mais. Ao menos, conseguira trazê-la para seus propósitos: destruir o Inimigo.* [...] *Com uma longa baforada, Rá abriu o único olho para fitar Maât, a belíssima deusa da justiça e da harmonia, que dizia que...* E Hórus a usou para caçar e destruir Seth. Não é esse o propósito, Supremo. Ela deve equilibrar a balança. Maldade com bondade. Trevas com Luz. Sekhmet deve pender a balança para a escuridão, já que Seth não tem dado conta do recado. Se ela o destruir, tudo será consumido pela maldade de Sekh. Se ela for aprisionada, tudo será consumido pela Luz de Hórus. O jogo que jogamos é perigoso demais. *Rá deu outra baforada antes de dar uma gostosa gargalhada e exibir os dentes podres.* Nâo há jogo, Maât. Tudo acontece como deve acontecer. Venha. Assista à História como ela deve...
(12:10:22) Seth. fala para Todos: acontecer... e... por favor, traga mais fumo, sim?

(12:21:48) §Ísis§ fala para Todos: Não temo. *Murmurou Ísis, suavemente. De fato, não temia o local onde estavam. Sabia que seu corpo mortal era frágil, e podia ser destruído a qualquer momento. Mas sabia, também, que Seth não permitiria que isso acontecesse. Respirou fundo, sentindo o calor que vinha do ar a seu redor. Olhou para baixo, ouvindo como que mesmerizada a batida ritmada. O coração de Seth. Respirou fundo. Uma mão pousou sobre seu ventre. Sentia a vida ali dentro pulsar, sua centelha divina parecendo ser despertada. Recuou um pouco quandoSeth se deixou cair dentro do vulcão. O grito foi instintivo, assim como a ação de se curvar perigosamente sobre a cratera. Um desequilíbrio, e cairia dentro dela, sendo provavelmente aniquilada pela substância quente e pulsante.* SETH! [...] Néftis ficou calada diante de Sekhmet, os olhos seguindo cada movimento da deusa. Sabia que a cada vez que a leoa era libertada coisas terríveis aconteciam, mas não esperava que fossem se voltar contra si. Não entendia qual era o interesse de Sekhmet em seus
(12:22:25) §Ísis§ fala para Todos: planos. Afinal, não pretendia interferir nos planos da outra. Que ela destruísse Seth como lhe agradasse. Mas que lhe deixasse Ísis. Pretendia arrancar aquela cria imunda do ventre da irmã e vê-la sofrer, antes de destruí-la. Começou a falar, mesmo sabendo que a outra lhe dera as costas.* Não quero interferir em seus planos, Sekhmet. Só quero saber porque tamanha proteção com Ísis. Sei que ela vem de Bastet, mas você deve saber. Por quê? *Indagou a deusa. Era bom saber das razões, para não se colocar em situações comprometedoras. Por enquanto, ignorava os falcões.*

(12:33:40) Anúbis fala para Todos: *Anúbis acenou afirmativamente com a cabeça para o pai. O esperaria. Seth saberia lhe encontrar, porque, naquele momento, propositalmente, Anúbis deixaria um rastro de energia simples demais de ser seguido. Isis sentiria um puxão forte o suficiente para manchar-lhe de roxo a pele morena do ante-braço, e seria arrastada para longe do vulcão. Mas Anúbis não estava mais lá. Então, ela continuaria sendo puxada, a "pegada" do que lhe segurava cada vez mais forte enquanto a Deusa era imersa em uma espiral absurdamente veloz, arrastada para algum lugar.... Até cair, sentada, em uma cadeira de madeira, em uma cabana de madeira, em algum local ermo do canadá. O clima era fresco, e garoava. Anúbis estava sentado em frente a ela, imóvel, esperando por Seth. * ... *E então o vulcão faria-se entender. Mas não existia mais um vulcão. Aquilo era Seth. O coração de Seth. O sétimo dom. O que completava a metade dos seus poderes divinos. O som de batimentos cardiacos se intensificou a cada instante mais, sendo ouvido por todo
(12:33:48) Anúbis fala para Todos: o pequeno pais que era a Italia, e a cada batida, a lava subia mais para perto da boca. Até que, com uma batida final, um jorro de magma quente inundou o céu como um jaser da mais pura destruição, e a terra tremeu de maneira cardiaca por quase cinco minutos. A lava, após o primeiro jorro que havia atingido quase meio kilometro de altura, apenas soltava jorros aleatórios, que iam para lados estranhos, o fogo consumindo tudo em seu caminho enquanto descia pela crosta do vulcão. E então, ao final dos cinco minutos, fumaça começou a sair. Densa, grossa, sufocante. E o som parecia a tosse de um velho moribundo... A vida daquele titã da terra não estava mais lá. A vida do titã estava no fim, porque agora, ele vivia em Seth.*

(12:42:20) Sekhmet fala para Todos: *Sekhmet ignorou veemente a pergunta de Néftis, continuava a marchar como um demônio pelo lugar, ainda de costas a Deusa, ainda imersa em pensamentos. Chegou mesmo a pensar em mandá-la à merda e tirar a porra do cérebro do rabo e começar a pensar, mas teve certeza de que aquilo não ia adiantar; na concepção de Sekhmet, na concepção da praga e da doença, da fúria sem fim, mexer com Ísis era mexer com Seth e precisava de Seth manso, porque quanto mais manso ele estivesse, mais facilmente cairia.* ... *Então sendo assim, Sekhmet simplesmente tinha acabado de exibir a Néftis o abismo, e todas as dez pragas do Egito, e se não começasse mesmo a pensar ia sofrê-las uma a uma, até a última, que terrivelmente, nunca tinha sido posta em pratica, todos morriam antes dela. Toda vez que tentasse contra Ísis, estaria indiretamente, tentando contra si, e assim eram as palavras de Sekhmet, para sempre e todo o sempre, até que sua fúria destrutiva fosse parada, até que Bastet voltasse ao controle e domasse a fera, talvez
(12:42:59) Sekhmet fala para Todos: em algum lugar, Néftis realmente tivesse razão, talvez fosse só Bastet sussurrando em segredo aos ouvidos de Sekhmet que deveria proteger Ísis, porém, porque Bastet desejaria isso? Impossível saber. Bastet era a grande interrogação na cabeça dos Deuses.* ... *E em silêncio, Sekhmet levou a resposta da pergunta de Néftis consigo, sem dizer-lhe uma palavra sequer, sem jamais esclarecer sua dúvida, apenas e somente isso, deixando-a com sua maldição particular. Nunca permita que a doença lhe toque, não há volta para aquele que escolhe o caminho da auto-flagelação. Rá tem misericórdia, Sekhmet não.*

(12:54:26) Seth. fala para Todos: *A carne de Seth se consumiu no magma, mas sua energia abraçou o coração que pulsava furioso e catalisava as erupções do Maledeto de forma tal que a regeneração seria apenas um sopro em meio ao tornado; a terra tremeu furiosa quando isso aconteceu e o Maledeto entrou em erupção pela última vez. Mas foi uma despedida e tanto. Devido às constantes erupções do vulcão nos últimos séculos, nenhuma vila ou cidade havia se instalado por perto, o que provavelmente teria causado uma catástrofe. A nuvem de fumaça pôde ser vista de Toscana. A terra tremeu, como se disse, e a explosão findou a carreira ígnea do Maledeto. Foi também numa explosão violenta que encerrou o pequeno incidente, por assim dizer. O coração pulsante da terra finalmente parara de bater.* [...] *Foi como um grito de horror que começa baixinho e, aos poucos, se torna ensurdecer. Era assim que se captava, agora, a presença de Seth - quando ele desejava que fosse pressentido, é certo. Agora, o solo rugia sob seus pés e as nuvens enegrecidas o...
(12:54:44) Seth. fala para Todos: acompanhavam. Em cada canto da Terra, os setitas comemoraram e um ritual foi realizado no Templo Submerso de Alexandria; a Camarilla marcou o segundo Alto Concílio em menos de um ano. Quanto aos deuses, de nada poderiam saber, já que as passagens estavam seladas. E isso era bom. No Canadá, o tempo fechou abruptamente. As nuvens se agitavam furiosas no céu quando a porta da cabana se despedaçou. Não que Seth quisesse fazer charme, mas calculara mal a sua força.* Ops... *Ele era todo sorriso.* Ah, Anubis, isso é como... hum... já tomou red bull? *E, a passos largos, ignorando o filho por alguns instantes, aproximou-se de Ísis, afagando-lhe o rosto.* Você está bem? *Ambos podiam sentir a energia pulsante, forte o suficiente para destruir uma cidade com um único sopro. E isso era apenas 50% do deus da destruição.* [...] *Sekhmet, porém, era 100%. Em verdade, não se pode dizer quem é ou viria a ser o mais forte, já que ambos eram feitos basicamente da mesma coisa e o ódio, o caos e a destruição absoluta só...
(12:55:02) Seth. fala para Todos: catalisavam suas energias. De todo jeito, um embate entre ambos certamente destruiria tudo e qualquer coisa que por perto se achasse. Era nisso que Hórus pensava, sentado em seu trono. Ainda não havia conseguido uma audiência decente com Rá e, quando conseguisse, tinha suas dúvidas acerca da verdade do que lhe seria contado. O importante é que estava usando Sekhmet como um fantoche e isso era mais que suficiente para fazê-lo sorrir. Se Bastet era, afinal, a grande dúvida na cabeça dos deuses, Sekhmet era simples o suficiente para que se fizesse compreender de pronto: ela era o braço que punia. E, agora, tinha um objetivo.*

(01:08:20) §Ísis§ fala para Todos: *Ísis se deixou puxar para longe do vulcão, embora se debatesse levemente. Ao ser tragada por aquela espiral, sua vista escureceu, e a deuse apenas se deixou levar. Abaixou-se ao cair sobre a cadeira, a cabeça entre os joelhos e a respiração ofegante. Olhou o que seus olhos podiam ver, e sentiu que o tempo mudava abruptamente. Endireitou-se na cadeira, e colocou-se de pé. Ainda sentia aquele pulsar dentro de si, como se a vida que carregava no ventre reagisse ao aumento na energia do pai. Mantinha a mão ali, sentindo aquele pulsar que chegava a ser doloroso. Retirou a mão de sobre o ventre quando Seth se aproximou, e colocou as duas nos ombros dele.* Estou bem. *Murmurou, apertando levemente os ombros do deus, sentindo a firmeza de seus pulsos.* E agora, para onde? *Indagou, referindo-se ao local onde achariam mais uma parte da essência de Seth.* [...] *Néftis esperou que Sekhmet falasse. E esperou. E esperou, seguindo-a com o olhar tenso. Mas ela não falou. Não deu qualquer resposta. Observou-a sair. Voltou-
(01:08:42) §Ísis§ fala para Todos: se então para os falcões. Apontou aquele que fora marcado pela leoa.* Volte a Hórus. *Ordenou.* Você segue Ísis, você fica aqui. Revezem-se para me dar notícias do paradeiro dela e do que está acontecendo. Toda informação é valiosa. Por enquanto, é apenas esta a sua missão. Agora, vão fazer o que mandei.

(01:15:29) Anúbis fala para Todos: *Anúbis simplesmente não se mexia, e não o faria diante dos exageros de Isis diante da viagem, ou dos exageros de Seth ao invadir a cabana. Tinha apenas as mãos depositadas sobre o colo, os dedos entrelaçados, as pernas juntas, o rosto absurdamente pacifico, tranquilo, vazio de qualquer sentimento ou emoção. Mas ele sentia o poder no pai. Sentia o poder crescente, e sua mente vagava. Vagava por métodos, por respostas, por soluções. Vagava imaginando ações e reações que derivariam do aumento de poder de Seth. Imaginando tudo, como sempre fazia. Ele sempre imaginava tudo. Ele sempre se planejava para tudo. Menos para o que a Leoa, Sekhmet, havia aprontado com ele. Seu interior rugia, raivoso, mas negava o sentimento. Pelo menos por enquanto. Pelo menos em publico. Ele se levantou, passando por Isis, parando ao lado de Seth. Ignorou a madrasta. Não se importava com ela. Seus olhos negros, frios como o pior dia do alasca e tão cheios de significados ininteligiveis, se focaram nos de Seth. Precisavam conversar.
(01:15:45) Anúbis fala para Todos: E precisavam agora. Sem tempo para perder. *

(01:27:56) Seth. fala para Todos: *Seth deu de ombros.* Não faço idéia. Não tenho um radar para esse tipo de coisa, querida. Os meus servos têm que achar essas pequenas dádivas à moda antiga: na marra. Geralmente ela está associada a alguma desgraça, mas os humanos fizeram o favor de desgraçar a Terra inteira com a desgraça deles às centenas que isso só me dificulta o trabalho. Pensei em varrer a humanidade da Terra, mas aí eu ficaria sem servos... *Deu de ombros. Acariciou o ventre da deusa, sentindo-lhe a energia pulsante. Sorriu antes de virar-se para Anubis.* Se veio clamar misericórdia, diga àqueles que o mandaram que a Morte é misericordiosa, mas Seth não o é. *E esperou para ver o que Anubis ia, afinal, dizer.* [..] *O Falcão com a Marca da Praga deixou os aposentos destroçados de Néftis e correu até o Palácio Dourado. Os outros dois permaneceram. Um deles, o que tinha sido enviado a Ísis, ficou calado por alguns segundos.* Venerável Néftis... *Começou, incerto.* Acredito que as passagens estão seladas... er... então... hum... há...
(01:28:07) Seth. fala para Todos: algum meio que a senhora conheça de descer à Terra que não pelo trânsito entre os planos? *Era uma pergunta muito justa, já que a louca da Néftis havia dado ao sujeito uma missão impossível, por ora.*

(01:35:16) §Ísis§ fala para Todos: *Assentiu, compreendendo como funcionava a busca pelas partes da alma de Seth. Com a proximidade do deus, aquele pulsar se intensificara ao ponto de ser realmente doloroso, mas Ísis não se queixou. Respirou fundo, segurando a mão que pousava sobre seu corpo. Aceitaria os sacriícios impostos enquanto precisasse viver dentro de seu corpo mortal.* Não faça isso. Precisamos deles, agora. Mesmo que não como servos, apenas como... pessoas. Será que não vê que até nossa prole vir ao mundo, dependerei de um sem número de humanos? *Deixou aquele assunto de lado e se calou, ficando encostada a Seth enquanto esperava que Anúbis falasse.* [...] Não seja idiota. *Retrucou a deusa, rispidamente.* A passagem está selada, mas ela será reaberta por Bastet. A felina tem muito a perder. Não vai arriscar coisas importantes pela insanidade de Sekhmet. Mas não fique aí me olhando. Já que está a meu serviço, vá descobrir se existe algum meio de observar, ou manter uma conexão mental, enquanto as passagens estão fechadas. Apenas rec
(01:35:45) §Ísis§ fala para Todos: eber informações já seria útil. Vá.

(01:44:11) Anúbis fala para Seth.: *Anúbis não falaria daquilo na presença de Isis - não por não confiar nela, o que era verdade, mas simplesmente porque já lhe era dificil o suficiente pedir conselhos de alguém além de Bastet, e ter de faze-lo em frente a outra pessoa seria simplesmente humilhação demais. O Deus da Morte caminhou até o lado de fora da cabana, para a chuva que evaporava antes de lhe tocar o corpo, lhe envolvendo em uma espécie de aura de fumaça que, assim como seus cabelos e vestes, não se afetavam pelo vento. Esperou que Seth fosse a seu encontro, como sabia que ele iria. E quando ele fosse, Anúbis lhe observaria em silêncio, olho a olho, formulando as palavras corretas para o que tinha de ser dito, como lhe era costumeiro. E então, falou. * - Venho a ti, Seth, meu pai e Deus da Destruição, em busca de conselhos dentro de sua sabedoria que precede a minha em milênios.. *Primeiro, uma massagem no ego. Ele não tinha vergonha de faze-lo. Sempre ajudava quando se queria conseguir uma coisa. Esperou alguns segundos antes de, mais
(01:44:23) Anúbis fala para Seth.: uma vez, deixar que sua voz fosse escutada. Isis não ouvia nada - e caso tentasse, os ouviria falando uma coisa ininteligivel, que simplesmente não era lingua alguma. * - Uma alma precisa ser dividida em dois corpos, contra sua vontade imortal. Preciso do ritual correto.

(01:57:45) Seth. fala para Todos: *Seth não se sentou. Permaneceu a lado de Ísis, aparentemente ignorando a dor no ventre da consorte. Com uma mão sobre o ombro de Ísis, como se lhe desse força, esperou que Anubis começasse a falar. Mas ele não falou. E Seth entendeu.* Parece que o Chacal está tímido, meu amor... fique aqui, vou ver o que ele quer. *Deixando Ísis sozinha - mas sem tirar o olho imortal dela - saiu para ter com Anubis. E o ouviu pacientemente até que começasse a gargalhar.* O que é isso, Anupu? Apelando para a minha vaidade? Deixe-me adivinhar. Uma criatura imortal que compartilha duas almas num só corpo e que tem força sobre você a ponto de fazê-lo vir aqui... será que não falamos de Bastet e Sekhmet? *E gargalhou gostosamente... toda aquela pompa para nada. Seth era um "macaco velho". Não era o deus da guerra à toa e conhecia bem as engrenagens do panteão.* Se você me pede isso é porque algo aconteceu... isto é... por que não pediu antes, não é? Será que... *Os olhos brilharam.* Será que Sekhmet despertou? *E gargalhou...
(01:58:04) Seth. fala para Todos: novamente.* Ai, ai. Ela era adorável, Anubis, adorável! Uma vez houve um jantar servido por Toth... nunca vou esquecer. Eu e ela dançamos por cinco minutos. Já ouviu falar do Palácio de Toth? Pois é, nem poderia. Ele caiu naquele dia. *Seth gargalhava gostosamente, mas cogitava os ensejos de suas suposições. Se Sekhmet fora mesmo libertada, Rá tinha algum plano. E Seth confiava nos planos de Rá. Ignorava, por certo, que o alvo da leoa era ele mesmo.* Tá, tá. Vou dizer o que fazer. *E isso era estranho, porque geralmente, Seth não dava nada de graça.* Pegue um punhal de ouro e invoque o poder solar de Rá. Está entendendo? Trace uma linha no chão, diante de Sekh. A linha representa a divisão. Corte o seu pulso e deixe seu sangue cair em ambos os lados. Então, sacrifique um servo poderoso sobre a linha, que simbolizará a destruição da divisão. Entendeu? Lembre-se de honrar o meu nome quando fizer e dê lembranças a minha velha amiga. *O ritual era uma farsa. Não dividiria a alma de Sekhmet: a destruição do...
(01:58:19) Seth. fala para Todos: corpo sobre a linha implicava passagem permanente da deusa, sempre que quisesse, entre os dois planos, cedido diretamente pelo Juiz através de seu sangue. Seth não sabia, mas libertaria a Besta que viria em seu encalço.* E certifique-se que ela foda com todos aqueles desgraçados que você tanto presa no Sobremundo, tudo bem? *[...]*
(01:58:43) Seth. fala para Todos: Ahn... certo! *E, sem mais, o Falcão se levantou, deixando ao lado de Néftis o companheiro. No Palácio Dourado, Hórus recebia o Falcão com a Marca da Praga. E ele não parecia contente.* Maldição. Se as passagens não forem reabertas, essa maldita leoa infernal vai desgraçar ainda mais a prosperidade deste plano. Você, Falcão, ficará afastado. *Levantando-se, ordenou ao Conselho.* Que enviem emissários a Néftis e a avisem das Pragas. Aconselhem-na! Não quero que essa porcaria se alastre. Maldita seja... *Mas não falava de Sekhmet. Falava de Bastet. Não fosse a felina, as passagens ainda estariam abertas. E nem poderia puni-la direito porque isso causaria mal estar com o Senhor do Submundo. E o governo de Hórus já estava por demais prejudicado nos últimos dias para sujeitar-se a um embate com Anubis.* [...] *O Falcão designado por Néftis desceu até o Submundo e lá esperou que os Anubites o recebessem para, enfim, ter com o Juiz. Só ele sabia como passar para o outro lado, afinal.*

(02:14:13) Sekhmet. fala para Todos: *As narinas fremiram enquanto ele corria, o pêlo suava, banhando pelo esforço que o animal fazia, o cheiro estava cada vez mais perto e o rastro cada vez mais forte. Os outros vinham atrás dele.* … * “Ela deixou um recado, um recado para todos os seus filhos, para todos os filhos de Seline, ela deixou um recado muito antes de deixar o seu panteão, muito antes de vir a terra e muito antes de voltar. Ela deixou um recado para todos nós; Ela nos disse que ele estava entre nós, que o próprio Deus da destruição e do caos vagava entre os nossos, recolhendo seus pedaços e recuperando suas forças, ela nos disse que não cabia a nós interferir não era nossa luta, exceto que ele se levantasse contra ela. Filhos, eu não posso sentir Bastet, algo aconteceu. Encontre-no.” * … *O tigre, imenso e forte animal já avistava Anúbis e Seth, ele já os via e ouvia e quando se aproximou, quando chegou perto o suficiente seu corpo se moldou, ergueu-se feroz em suas quatro patas, ainda com pêlos, ainda com a aparência de um animal,
(02:15:00) Sekhmet. fala para Todos: mas de pé como um homem. E rosnou, tão furiosamente na direção de Seth que chegou a perder por um segundo a voz e atrás dele outros responderam, voltou-se para Anúbis ele tinha... Tinha o cheiro de Bastet. O guerreiro se curvou ao Deus da morte.* - Ailuros? *Seus olhos foram afoitos na direção de Anúbis, esperando uma resposta, desejando uma resposta.* - Ailuros, não dê valor as palavras dele. Ele mente, ele sempre mente. *E da mata, das árvores e arbustos, os outros felinos, os outros filhos de Seline apresentava-sem, um a um.* - Viemos pelo seu chamado, Ailuros. *E ficava claro. Bastet tinha dado à Anúbis o controle de seu exercito.*

(02:28:27) Anúbis fala para Sekhmet.: *Anúbis estava se curvando. Estava agradecendo a Seth pelas palavras, agradecendo pelo falso conselho. Agradescendo, pois a unica coisa que podia turvar sua perfeita visão e seu julgamento - Bastet - estava em jogo. E então, seus olhos se viraram, e ele não desapareceu como estava prestes a fazer. Seus olhos se focaram nos olhos do Tigre que parava a sua frente, e ele não demonstrou reação diante do rosnado, das centenas de rosnados ferozes. Anúbis olhou nos olhos do Tigre, e sentiu-se olhando nos olhos de Bastet. Seth mentia. Seth sempre mentia. A visão de Anúbis estava clara mais uma vez, pela presença dos filhos de Seline, dos filhos de Bastet. Como a menos de um mês havia se lembrado, uma vibora não representava o pai sem motivo. Era ardiloso. * .. *Anúbis virou o rosto para Seth, mas não demonstrava raiva. Não demonstrava nada. Ele nunca demonstrava. Foi quase um minuto de silêncio, um minuto no qual o unico som era o silêncio, visto que até mesmo a chuva havia se silenciado, apesar de ainda cair.
(02:28:36) Anúbis fala para Sekhmet.: Os lábios do Deus da Morte se entre-abriram, e sua voz soou mais baixa do que nunca. * - Tua bravura é admiravel, mas irritante. *E então, deu-lhe as costas, caminhando na direção do felino. Se Seth tentasse atacar um que fosse dos filhos de Seline ali presente, suas forças se chocariam a uma barreira invisivel, mas presente. Anubis caminhou ao lado do felino, e deixou-se ser seguido para baixo do morro, para perto das arvores. E na mente de todos os Bastet ali presentes, no som de um rugido na lingua dos filhos de Seline, a voz de Anúbis ecoaria: "Esconder e preparar", era o que ela dizia. E apenas isso. E Anúbis perdeu-se em meio a brisa, seu corpo desaparecendo ao lado do gigantesco tigre, como se fosse feito de centenas de milhares de grãos de areia. * ... * Na porta do Submundo, os Anubites, a horda infinita de Anubites, não permitiria a entrada do Falcão. "O Senhor das Colinas do Oeste não verá ninguém", eles responderiam, em unissono, a cada nova palavra do falcão.*

(02:40:52) Seth. fala para Todos: *Seth não se alterou diante do animal que se levantava como um homem. Tampouco fez um movimento mais brusco. Não precisou de muito esforço, agora que detinha outro Dom, para enviar Ísis a outro lugar, longe dali. As coisas podiam ficar feias. Ele não se mexeu, portanto, mas Ísis já não estava mais no interior da cabana. Ficou em silêncio. Entendera de pronto que o exército da felina insuportável estava sob o comando de Anubis e inspirou profundamente, aguardando o próximo passo de Anubis. O que ele fizesse poderia implicar a destruição absoluta do Canadá.* Uma pena eu não ter trazido um pouco de leite. Acho que gatos apreciam leite. *Deu de ombros.* Sabe, Anubis, em circunstâncias normais, eu diria que este gato fedorento está errado, já que uma porcaria dessas não sabe diferenciar um ritual de outro. Eu o teria feito em pó só pela insolência de duvidar da minha sabedoria. Mas estas... *E Seth fez um "não" com a mão, bem devagar.* Estas não são circunstâncias normais. Você vem me pedir um conselho... e depois
(02:41:05) Seth. fala para Todos: me surge um bando de gatos fedorentos... *Mas Anubis já lhe dera as costas e ia indo embora. Seth continuo, gritando, enquanto o Juiz ainda não havia desaparecido.* Bem. Eu só posso dizer que o peludo está certo. EU menti. O que diabos está acontecendo lá em cima, Anubis? Anubis!!! *Mas o deus já havia desaparecido. Seth remoeu seus pensamentos. Não tinha a quem recorrer, não sabia o que diabos acontecia no sobremundo, nem porra nenhuma. Mas farejava algo grandioso. A ignorância o irritava profundamente. Desapareceu, então, como se fosse feito de areia.* [...] *O Falcão se ajoelhou, então, diante dos Portões do Submundo.* Eu o aguardarei até que me receba. *E assim ficaria, ainda que levassem séculos, ele ficaria naquela posição.* [...] *O leão era gigantesco e fitava o intruso com raiva. Seth havia entrado na jaula de um zoológico do Canadá e alguns seguranças já vinham correndo em seu encalço. Era um maluco.* Diga ao seu novo mestre, seu animal fedorento, que eu o ajudarei, desde que me dê algo em troca. N
(02:41:17) Seth. fala para Todos: No mínimo informações! Ou ele esperava que eu... *mas os seguranças já haviam entrado na jaula e o puxavam para fora. Seth foi jogado num camburão e despachado para a delegacia mais próxima. O veículo sofreu um acidente no percurso e o prisioneiro desapareceu.*

(02:51:44) Sekhmet. fala para Todos: *E foi como ele disse, os animais – incluindo o tigre que voltou a ser um tigre – desapareceram na mata. Anúbis agora podia sentir-se como Bastet sentia: Podia ouvir cada coração, cada batimento de cada filho de Seline ligados uns aos outros – os mais fortes espiritualmente podiam até mesmo compartilhar com o Deus seus pensamentos – e Anúbis sentia o peso, não daquele jeito ruim, mas o peso de tantas vidas, de tantos corações dentro de si era tanto poder que talvez agora, compreendesse mais do que nunca porque Bastet estava sempre neutra, estava sempre muda. Ela carregava bilhões de vidas junto ao peito.* … *Anúbis foi seguido pela matilha até desaparecer e eles fizeram o mesmo, enfiando-se nas matas, embrenhando-se na escuridão enquanto a chuva os tomava para si, alguns faziam perguntas, outros mantinham apenas o silêncio, e assim, um a um, todos os filhos de Seline souberam o que deveria fazer, ao menos por enquanto.* … *O animal com Seth rosnou, porém nada além disso, nenhum filho de Seline entregaria
(02:52:37) Sekhmet. fala para Todos: nada ao Deus, a morte era, vezes mais honrada do que lhe dizer o que Bastet tinha lhes dito e ensinado, a morte, sem sombra de duvidas, para aqueles guerreiros era muito mais gloriosa do que entregar a Seth aquela que tinham como mãe. Morrer em batalha, morrer por Seline era morrer em paz.* … *Seth podia capturar muitos outros e todas as respostas que conseguiria seriam sempre as mesmas: o completo silêncio. Não era atoa que eram filhos de Seline, seguidores de Bastet. E assim, cada passo seu passou a ser vigiado por cada par de olhos felinos. E assim, cada filho de Seline estava, de alguma forma, no calcanhar de Seth, apenas aguardando a ordem... A ordem de Anúbis.*

(03:04:36) Anúbis fala para Todos: *Anúbis havia cometido um erro. Um erro terrivel - entregar suas dúvidas a Seth, em necessidade de um conselho, de um caminho. Não o faria de novo. Não falaria com ele, como ele queria. Não lhe daria a graça de sua presença - não agora, que precisava urgentemente se concentrar em coisas tão mais importantes. Sentia, a cada passo que dava, a cada movimento que fazia no plano terreste, seu coração batia como o coração de milhares. E seu sangue que invadia seus membros, como o sangue de milhares. E a sensação era maravilhosa. * ... *Deixou o corpo do receptaculo no tão seguro galpão, aquele impenetravel, aquele indestrutivel, aquele no qual so era possivel chegar aos que já sabiam o caminho, e voltou-se para o mundo dos Deuses. Seu corpo se materializava, como sempre, na entrada do Submundo. E ele viu o servo de Hórus, o falcão, ajoelhado ali. Não disse uma palavra a ele, se aproximando de um Anubite que estava proximo da entrada, guardando-a com todos os outros milhares. Disse-lhe que avisasse Sekmeth.
(03:04:42) Anúbis fala para Todos: Disse-lhe que avisasse Sekmeth que Anúbis queria ter com ela, e que ela deveria rumar ao salão de reuniões da piramidade negra, o palácio de Anúbis. Virou-se, então, para o falcão. Sua cabeça de chacal se moveu, enquanto ele falou. * - Diga a que vens, servo de Hórus. *Anúbis imaginava se tratar da resposta sobre seu pedido - aquele sobre os exércitos. * ... *O Anubite se enfiaria entre os outros, até deixar a guarda, e correr até Sekhmet. Era igual a todos os outros: Media cerca de três metros, forte, exageradamente magro. Ao encontra-la, lhe passaria as palavras de Anúbis, exatamente como haviam sido proferidas.*

(03:11:43) Seth. fala para Todos: O deserto do Arizona era vigiado por dois satélites, principalmente. Era mais um aspecto de controle metereológico do que de segurança nacional mesmo, mas tornou-se mais de segurança nacional quando todos os controles de segurança daquela área se desligaram.* [...] *Eram quase 5 mil quilômetros quadrados de extensão. Sob a enorme formação rochosa, Seth se achava em meio aos Sete Chacais e contemplavam a multidão abaixo de seus pés: 700 mil homens bradavam juntos, levantando suas lanças num clangor alucinado. Todos se vestiam como soldados da U.S. Navy, mas empunhavam lanças, malgrado as metralhadoras presas à cintura. A maioria não era humana. Mas todos bradavam juntos, gritavam o nome de Seth, o deus da guerra. Não havia outro para idolatrar senão ele, sobretudo quando se é um guerreiro. Curiosamente, Seth segurava um gato preto em seu colo. Os Sete Chacais estavam em silêncio, todos com o rosto protegido por um véu, à moda dos beduínos.* OUÇAM, FILHOS DA GUERRA... *E a gritaria cessou.* AQUELES QUE NÃO...
(03:11:53) Seth. fala para Todos: TEMEM A MORTE, NEM A ESPADA DO INIMIGO, DEVEM SORRIR: POIS A MORTE E A ESPADA DO INIMIGO JÁ ESTÃO AMBAS A MARCHAR CONTRA NOSSAS HOSTES! NOSSO BRAÇO SERÁ IMPIEDOSO E NOSSA PUNIÇÃO SERÁ DAS MAIS JUSTAS! QUE NÃO HAJA TEMOR ENTRE MEUS FILHOS, TAMPOUCO O VENENO PÉRFIDO DA ANSIEDADE! ACALMEM SEUS CORAÇÕES! POIS EU VOS DIGO: EIS QUE AQUI SE ACHAM 700 MIL FILHOS DA GUERRA, MAS ISSO É UMA FRAÇÃO DAS NOSSAS ARMAS! *A gritaria recomeçou sem que Seth terminasse o discurso. Não fez muita diferença. Os soldados estavam animados e todos estavam fortalecidos com o poder de Seth, que crescera vertiginosamente com o Dom. Os Sete Chacais já tinha força suficiente para lidar com um Falcão, mas não individualmente ainda. Aos poucos, o poder da destruição se fazia maior. Seth acariciou o gato preto.* Ah, filho de Seline... compartilhe da minha ascensão. E cuida para que meu neto seja sábio como o avô e não herde o temperamento miserável da mãe... *Anubis não teria outro motivo para desesperar-se com a fusão de Sekh e Bastet senão
(03:11:58) Seth. fala para Todos: por... um filho.*
(03:15:53) Seth. fala para Todos: *O Falcão não se levantou e respondeu à pergunta de Anubis com os olhos fixos em seus pés.* Não represento o deus-Rei, meu Senhor. A pedido dele, sirvo temporariamente a Néftis. Represento a vontade de Sua Mãe. É da vontade de Sua Mãe que eu perscrute o método de trespassar este mundo e adentrar o reino da Terra.

(03:25:47) Sekhmet. fala para Todos: *A recompensa para a perda em batalha, para a perda da vida em batalha por Seline era tão mais gloriosa do que qualquer outra, assim como Seth era seguido pelos Setitas e todos os outros adoradores do caos, Bastet era reverenciada e adorada pelos filhos de Seline e cada vida que Seth tirava deles, entregava a Bastet, que os recebia de braços abertos em seu colo e lhes fazia parte dela e lhes tornava, parte do ciclo. Seth fortalecia Bastet a cada segundo em sua cega fúria por caos. E quem ia contar isso para ele? Você? Com certeza não.* … * “Ailuros deixou seu sinal, não temam, meus irmãos pois ela está conosco e mesmo que pereçamos em nossas batalhas, do outro lado ela nos aguarda e em seus braços, descansaremos e em seu ser, repousaremos junto dela, da mãe à mãe e assim será por todo o tempo e tempo. Entreguem-se aos braços da mãe e não temam o inimigo pois dele não virá além de falsas promessa e a falsa ilusão de vitória. Somos todos um só, somos braços e mãos, somos olhos e ouvidos, somos espirito e
(03:26:06) Sekhmet. fala para Todos: coração, somos Bastet.”* […] - Ah, Bastet é apenas uma questão de tempo. *Passou a mão-pata pelo ventre, olhando o pó que estendia-se diante de seus pés, estava sentada sobre uma rocha, depois de despedaçar tantos anubites que tinha perdido a conta.* - Você tem que admitir que foi divertido, hm? Então, como vai chamar o poodle? *Ficou calada, mas se levantou, tinha ouvido a aproximação do Anubite e tratou de recuperar a pose antes da entrada do sujeito, não dedicou-se a olhá-lo, apenas marchando em seus passos animalescos pelo lugar rumo ao tal salão.*

(03:37:33) Anúbis fala para Sekhmet.: *Anúbis ficou em silêncio, os olhos sobre o falcão, observando para ver se ele não estava brincando, realmente. Aquilo era ridiculo. Néftis, após tudo, queria que ele lhe ensinasse a passar pelos planos. Após tudo. Anúbis apenas não debulhou-se em risadas escandalosas, pois aquilo não era de seu feitio. * - Diga a minha mãe que ainda a aguardo para a pesagem. *E deu-lhe as costas, entrando pelos Anubites, e em poucos segundos, sendo erguido em seu trono gigantesco de rocha negra por dez deles. Néftis era a mais estupida das Deusas. Agora ele entendia porque seu nome significava "As terras áridas do deserto". Era obviamente uma referencia a seu cérebro.* ... *Anúbis chegaria na piramide, e se guiaria pelos corredores até o salão de reuniões, onde uma mesa absurdamente longa, de maneira escura e pesada, era sempre cheia de frutas frescas. Haviam alguns enfeites nas parades, também. Quando ali chegou, os olhos se focaram em Sekhmet. Primeiro fechou a porta atrás de si, e então caminhou até a mesa, sem
(03:37:41) Anúbis fala para Sekhmet.: se aproximar da mulher. Quando acabou, virou o rosto de chacal para ela. Não tinha porque não ser direto. * - Creio que ainda esteja desenclinada a aceitar minha proposta.

(03:52:04) Sekhmet. fala para Anúbis: *Ela estava de costas para a entrada, com as mãos-patas às costas fitava sem ver um dos adornos do lugar e não se virou para ele quando ele entrou e nem quando ele falou, permaneceu lá, parada por uns pares de minutos sem fim. Mas então, por fim, rompeu o silêncio.* - Ela lhe deu o controle dos filhos de Seline. *Apenas disse, não perguntou nem questionou, apenas afirmou com certeza e sem hesitar, virou-se para ele fitando-o de relance antes de se aproximar da mesa a passos lentos, pegou uma das frutas, fazendo-a dançar entre os dedos-garras.* - Não me é... Como disse, muito interessante sua proposta, Anúbis. O que tenho a ganhar com ela? *Esmagou a fruta na pata-mão e voltou os olhos para o Deus do Submundo.* - Não vou ferir sua mulher ou seu filhote, mas não vou ceder ficar a esmo. Só preciso cumprir o que me foi pedido e assim que o fizer terás tua consorte e tua cria de volta.

(03:58:04) Anúbis fala para Sekhmet.: *Chegava a ser meio ridiculo, talvez, a maneira como ele insistia em constantemente voltar aquele assunto. Como parecia não compreender que Sekhmet, aparentemente, simplesmente não queria a divisão dos corpos, não queria o que Anúbis lhe oferecia. Mas ele não percebia. E se percebesse o quão ridiculo era, não se importaria. Era apenas um homem desesperado, naquele momento. A aparição de Sekmeth lhe destruia todos os malditos planos com Bastet, lhe punha em risco a cria e o corpo da Deusa que lhe era estimada. Não havia nada de bom na divisão corporal entre aquelas duas mulheres. * - Liberdade, Sekhmet. Será que não vê? Ao dividir este corpo com Bastet, você pode ser presa por Rá assim que acabar seu trabalho, como um cachorro fiel é enviado de volta ao canil após abater a presa... *E fez uma pausa. Sabia que aquilo iria irrita-la, provavelmente. * - Fora dele, com um corpo apenas seu, não poderiam fazer isso. E não ousariam jogar-lhe a terra como fizeram com Seth - pois, sabe você, que a ultima coisa que lhe
(03:58:12) Anúbis fala para Sekhmet.: querem é livre por lá, pronta para, quando for novamente necessaria, negar-lhes o pedido.

(04:11:13) Sekhmet. fala para Anúbis: *Fuzilou-o com o olhar ao ser posta daquele jeito, como um cachorro. Mas não respondeu, apenas pegando outra fruta um pouco maior, voltou a andar, agora em volta da mesa, na direção de Anúbis.* - Você acredita mesmo em suas palavras? *Ela estava calma e isso parecia estranho, não era da natureza de Sekhmet estar calma.* - Sabe qual o maior erro de vocês? Achar que todo o caos é estúpido como Seth. *Olhou-o de soslaio por um segundo.* - Talvez possamos entrar em um acordo, Anúbis. Mas antes eu preciso saber a verdade. *E então parou, alguns passos à frente dele, olhando-o nos olhos, abaixou a mão com a fruta.* - Por quê? Diga-me, porque quer tanto me dar a liberdade, porque quer tanto separar-me de Bastet? *Era um jogo, ela queria, queria ouvi-lo dizer o que realmente o motivava aquilo, Sekhmet particularmente era cruel, divertia-se com o modo como Anúbis precisava sempre ser neutro, sempre bancar o Juiz, então, tentaria agora arrancar dele uma declaração, uma realidade, um único ponto onde ele não conseguia
(04:11:23) Sekhmet. fala para Anúbis: ser imparcial.* - Diga-me por que e lhe digo o que tenho em mente.

(04:18:36) Anúbis fala para Sekhmet.: *Ele ficou em silêncio depois daquelas palavras, pesando os fatos em sua eterna e perfeita balança. Sekhmet já sabia que tinha Anúbis em sua mão, por possuir o corpo de Bastet e carregar seu filho no ventre, logo, falar isso não criaria problemas maiores. Sekhmet estava realmente disposta a ir para a terra e despedaçar Seth, logo, também não havia problema ai. Então, decidiu falar. Anúbis tomou o ar pelo nariz - ele realmente odiava dar longas explicações, quando elas envolviam palavras. Achava-as desnecessárias. Grosseiras, mesmo na mais polida das frases. * - Carregas meu filho no ventre, e há de lançar-se em guerra, podendo feri-lo intencionalmente ou não em seu frenesi por sangue. Sua presença prende Bastet longe de mim. Sua presença torna Bastet inacessivel, logo, a abertura dos planos não pode ser feita na maneira como desejo, para encurralar Seth. *E então pausou. Pronto. Havia lhe dado seus motivos. Todos eles. Agora, era só ouvir o que a maldita leoa tinha em mente. * - Podemos ser aliados, Sekmeth.
(04:18:41) Anúbis fala para Sekhmet.: Só precisa estar em outro corpo.

(04:27:32) Sekhmet. fala para Anúbis: *Ficou em silêncio para ouvi-lo, sem fazer um ruído que pudesse interromper, chegou a esboçar um sorriso largo, exibindo os dentes pontiagudos e quando ele terminou ela simplesmente gargalhou deu uns passos na direção dele, batendo de leve com a mão-pata no rosto de Anúbis, como se estivesse ensinando a um filho alguma lição. Afastou-se dele em seguida, dando-lhe as costas.* - Ah veja, nem foi tão difícil. *Coçou o focinho com uma das garras, despreocupada enquanto se movia pelo lugar.* - Ah claros, aliados. *Resmungou alguma coisa antes de se virar completamente para ele, curvou-se sobre a mesa, apoiando os cotovelos sobre ela.* - Existe um jeito, Anúbis. Posso deixar Bastet e teu poodle aqui, de baixo de teus olhos enquanto caço Seth como um cão sarnento. Maaaas.... Existe um pequeno... Adento. *Gesticulou com uma das mãos.* - Como disse, me recuso a arriscar-me ser banida como Seth, Bastet e eu temos de ser apenas uma e isso não pode mudar. O que posso fazer por ti é deixar Bastet aqui, em sono, enquanto
(04:27:49) Sekhmet. fala para Anúbis: eu estiver desperta, ela estará adormecida. Mas estará segura, assim como tua cria. É claro que.. Caso vocês aprontem alguma coisa e eu não voltar... Bom, você entendeu.

(04:35:14) Anúbis fala para Sekhmet.: *Sua vontade foi suspirar, aliviado, mas não o fez. Ainda não tinha tudo que queria daquela negociação - ainda que a parte principal, a segurança de Bastet e de sua cria, estivesse resolvida. Caminhou um pouco, dando a volta por Sekhmet, e servindo a si mesmo de um calice de vinho. O calice eram dourado, cheio de hieróglifos. Aquele contava o processo de uma mumificação. * - Mas isto ainda deixa Bastet incapaz de abrir as passagens no momento exato e preciso, para que Seth seja encurralado sem nada pode fazer sobre, ou ser avisado. *E olhou para Sekmeth. Geralmente se importaria com os motivos dela, porém, havia se lembrado das palavras da consorte "Ela está disposta a ser cuidadosa". Talvez fosse isso. Talvez estivesse apenas olhando pela segurança da cria de Bastet, de seu jeito infernal, mas ainda assim, olhando por ela. Quem seria ele para dizer?*

(04:41:49) Sekhmet. fala para Anúbis: *Ela esperou até que ele se pronunciasse, esperou pacientemente esmagando outra fruta aqui ou ali. E quando ele simplesmente falou ela se virou para ele, com aquele sorriso animal na bocarra.* - E é ai, meu caro Anúbis que você entra! Bastet lhe deu o controle dos filhos de Seline. Você pode ouvi-los, pode senti-los... E eles... Eles Anúbis, eles podem ouvir Bastet. Não é incrível? A partir do momento em que eu me separar dela, tu.... Tu será a chave para minha saída e para meu retorno. Porque é tu quem está ligando aos filhos de Seline, tu está ligando diretamente a Bastet como nenhum outro jamais esteve. *Gesticulou com as patas, forçando uma teatral reverencia em direção ao Deus, ergueu-se em seguida, gargalhando.* - Ela deve confiar mesmo muito em ti, para dar-lhe assim, de bandeja todos os segredos que guarda há tantos séculos.

(04:55:25) Anúbis fala para Sekhmet.: *E ele analisou cada uma das palavras ditas, cada uma das palavras que já foram ditas, para bsucar algum principo de não-verdade, algum principio de mentira, alguma coisa que pudesse levar aquelas palavras maravilhosas. Não demonstrou no rosto - não daria esse prazer a Sekhmet - mas estava espantado. Bastet havia não só lhe cedido seu exército... Havia lhe cedido tudo. Sua mente. Seus conhecimentos. Seus ensinamentos. Suas palavras. Sua ligação com cada um dos filhos de Seline existentes no planeta. Ela havia lhe dado tudo. Havia lhe dado a si mesma, em sua totalidade. Anúbis sentiu vontade de sorrir - mas não o fez. Foi quase um minuto que perdeu em silêncio, em contemplação, e em admiração pelo que Bastet havia feito, pelo grau absurdo de confiança que ela lhe depositava. E então, seus olhos recobraram o foco, e eles os depositou sobre os de Sekhmet. Não lhe estendeu a mão - ninguém lhe tocava, além de Bastet. Mas suas palavras o fizeram por eles. * - Temos um trato, Sekhmet. Prepara teus exércitos e tuas
(04:55:32) Anúbis fala para Sekhmet.: garras... Que a hora se aproxima

(05:02:46) Sekhmet. fala para Anúbis: - E traga-me o corpo do Simba. *E dito isso, Sekhmet deu as costas a Anúbis, sem importar-se se ele ainda olhava, talvez ainda soasse estranho o porque da leoa lhe oferecer aquelas coisas, o porque de aparentemente facilitar tudo daquele modo, mas Bastet era ela, ela era Bastet, enquanto andava, repousou sem notar uma das mãos-patas sobre o ventre, ambas aliviadas com o fato de saber que ela desceria em sua fúria destrutiva, mas que a criança, que seu corpo original – aquele que lhe garantia retornar e retornar – estaria a salvo. Afastou a pata do ventre, enfiando-se nos corredores da piramide, restava agora apenas fazer o ritual, deixar Bastet em sono nos braços de Anúbis e partir para a batalha e Rá.. Ela não podia esperar mais, simplesmente não podia.*